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Publicado em 10 de maio de 2018 por Mecânica de Comunicação

Execução adequada de estruturas em concreto armado previne patologias

A execução de estruturas em concreto armado é uma etapa complexa, pois envolve diferentes materiais e fornecedores, além de exigir frentes de trabalho sincronizadas. Cuidados nessa fase construtiva e o cumprimento adequado de normas contribuem para a prevenção de patologias que podem ameaçar a segurança de usuários em edificações e dificultar a obtenção de certificados de qualidade, almejados por muitas construtoras e incorporadoras.

 

A manipulação incorreta de fôrmas de madeira é apontada por estudos acadêmicos como uma das principais responsáveis pelo surgimento de patologias. Isso se deve, principalmente, ao uso de ferramentas inadequadas, como pé-de-cabra e martelo, no processo de montagem e desmontagem dessas peças. No caso de execução de pilares, vigas e lajes em concreto armado, é esse último elemento o que está sujeito ao maior risco de problemas, devido principalmente ao tráfego de pessoas e materiais. Também é necessário atentar - em lajes, pilares e vigas -, para o posicionamento correto dos espaçadores de armaduras; sem esse cuidado o adensamento do concreto é comprometido, facilitando a exposição do material metálico a agentes externos. Áreas com excesso de armadura também podem prejudicar a fluidez do concreto.

Frente ao grande número de detalhes presentes na execução de estruturas em concreto armado, algumas técnicas já são conhecidas para otimizar o processo como, por exemplo, a aplicação de mantas sobre lajes ainda frescas, a fim de retardar a vaporização da mistura de concreto; outro cuidado é a utilização de aparelhos com laser para medir o nível de fôrmas que, por sua vez, devem estar sempre limpas para garantir a aderência do concreto às barras. Ainda é recomendado que o acesso de caminhões betoneiras ao canteiro de obras seja planejado com antecedência, assim como o plano de desenforma, respeitando os resultados dos corpos de prova.

Além dos problemas e soluções próprios da concretagem, um projeto bem feito pode evitar atrasos no cronograma, gastos não previstos e patologias após a entrega da obra. Algumas das falhas mais comuns dessa fase são erros de dimensionamento, falta de padronização das representações e especificação inadequada de materiais. Outras considerações sobre o tema estão na dissertação de mestrado "Aspectos Executivos e a Qualidade de Estruturas em Concreto Armado: estudo de caso", de autoria de Leandro Teixeira Takata, orientação de Jasson Rodrigues e defendida na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).