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Publicado em 21 de junho de 2018 por Mecânica de Comunicação

Particularidades da construção de rodovias influenciam decisões do gestor de frota

Medir a produtividade é indispensável para usuários de equipamentos pesados utilizados na área de construção. Embora existam tecnologias de monitoramento capazes de gerar dados com alta precisão, alguns cuidados básicos estão ao alcance das empresas e podem ser decisivos para o sucesso das obras, ajudando a garantir a eficiência de horas trabalhadas e o cumprimento de prazos.        
       
               Imagem retirada da dissertação de mestrado 
 
 
Reconhecer as particularidades de cada obra é o primeiro passo para uma boa gestão. No caso de construção de rodovias, quando são empregadas máquinas para terraplanagem e compactação, indicadores que para outros tipos de obra seriam muito importantes, como horímetro, quilometragem e material movido, podem não contar muito. O mais significativo para o cálculo de produtividade de uma motoniveladora, por exemplo, usada para o espalhamento da camada granular, é o número de passadas, ou seja, o número de vezes percorridas pelo equipamento em determinada área até se obter o nivelamento completo.  

Em obras de execução de pavimentos rodoviários, as máquinas são variadas. Uma vez concluído o trabalho da motoniveladora com a camada granular, os rolos compactadores de solo entram em operação para garantir espessura e densidade necessárias. Se for exigido atingir uma espessura elevada, a empresa provavelmente irá priorizar o uso de rolos vibratórios. Para o trabalho em solos menos coesivos, o uso de cilindros pé de carneiro pode ser o mais indicado. Os rolos também atuam na fase de compactação do asfalto, em que os cilindros lisos são comumente empregados no acabamento, enquanto rolos estáticos equipados com pneus são os ideais quando é preciso diminuir o nível de permeabilidade e garantir maior estabilidade na orientação de partículas de agregados.   

Há ainda as fases de produção e espalhamento de camadas betuminosas. Dados como produção de usinas de asfalto, que no Brasil variam entre 25ton/h e 240 ton/h, e a adequação do volume desse material com a capacidade dos espargidores e pavimentadoras de asfalto devem ser considerados, levando em conta a densidade da mistura. Catálogos, manuais e especificações técnicas de fabricantes de equipamentos também podem oferecer informações úteis. Outras considerações estão na dissertação de mestrado Sobre a Estimativa de Produção de Equipamentos de Construção de Pavimentos Rodoviários, de autoria de Wilbert Raymundo Ríos Sotomayor, com orientação de Cássio Eduardo Lima de Paiva e apresentada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).