Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 27 de fevereiro de 2019

InfraROI - “Pode vender que damos conta”: Volvo e SDLG crescem 47% e esperam mais para 2019

“Pode vender que damos conta”: Volvo e SDLG crescem 47% e esperam mais para 2019

 

Rodrigo Conceição Santos – 27.02.2019 –

Companhia demonstra fábrica em Pederneiras (SP) e diz estar preparada para novo crescimento neste ano, quando o setor como um todo deve comercializar entre 14 e 16 mil equipamentos da linha amarela de construção.

A divisão de equipamentos de construção da Volvo, que inclui as marcas Volvo CE e SDLG, vendeu 47,7% mais equipamentos em 2018 do que no ano anterior. Quando avaliada somente a marca Volvo CE, o aumento foi maior: de 67,4% sobre 2017. O crescimento da companhia sueca é maior do que os 40% previstos pelo Estudo de Mercado da Sobratema para as vendas de todas as marcas de equipamentos da linha amarela de construção. Pela Sobratema, o mercado venderia algo em torno de 11,7 mil unidades em 2018 e vendeu quase 8,4 mil em 2017.

“Comparando o que vimos nos últimos anos com o que estamos vendo agora, a tendência é de mais crescimento em 2019, quando o mercado, como um todo, deverá comercializar entre 14 e 16 mil máquinas da linha amarela”, diz Luiz Marcelo Daniel, presidente da Volvo CE Latin America. Na visão dele, o setor de agregados voltou a se movimentar positivamente e esse é um indicativo importante de que estamos diante de uma retomada da construção pesada.

Na América Latina, excluindo o Brasil, o movimento é semelhante na avaliação do executivo. Esse mercado, que chegou a consumir a média de 22 mil equipamentos entre 2007 e 2015, deve fechar 2019 com consumo de cerca de 18 mil unidades, o que também significa crescimento em relação ao ano anterior. “No mundo inteiro, exceto a Ásia, que pode ter decréscimo de 5% puxado pela China, esperamos crescimento na venda de equipamentos da linha amarela”, diz.

Na América do Norte, onde o crescimento foi de 19% em 2018, a Volvo espera novo incremento, na casa dos 10% neste ano. O mesmo ocorre na Europa, onde a companhia espera ampliar as vendas de equipamentos da linha amarela entre 5% e 10%.

Na América Hispânica, a projeção é de aumento de 5% e esse conjunto de informações leva a crer que o mercado mundial de equipamentos deva permanecer na faixa de mais de 1 milhão de unidades comercializadas anualmente, segundo Daniel.

Luiz Marcelo Daniel

Fábrica brasileira é polo de exportação global
A visão global do executivo latino-americano é importante para os negócios da fábrica de Pederneiras, no interior de São Paulo, onde a companhia produz alguns modelos de equipamentos que são exportados. Os caminhões articulados de 25 e 30 toneladas da marca Volvo CE, são exemplos fabricados somente aqui e comercializados em vários continentes. Quase 70% deles vão para os Estados Unidos, onde o potencial para esse tipo de equipamento é grande, com consumo de cerca de 3 mil unidades ao ano (isso inclui todas as faixas de caminhões articulados).

“Atualmente, 46% da produção de Pederneiras fica no Brasil e 54% é destinada a outros países”, diz Wladimir Garcia, vice-presidente e diretor geral do complexo industrial da Volvo CE na América Latina. Entre os caminhões articulados, pás-carregadeiras, escavadeiras e rolo compactador de solo fabricados em pederneiras, 13% vão para a América do Norte. Outros 19% são exportados para a América Espânica e a Ásia e alguns países do Pacífico ficam com 12%. A Europa responde pelos 10% restantes.

A fábrica da Volvo em Pederneiras voltou a contratar no ano passado, passando da casa dos 300 funcionários para cerca de 380 atualmente. O volume ainda é pequeno, considerando que a unidade já teve 700, em 2011. Para o diretor geral da fábrica, Wladimir Garcia, isso demonstra o potencial de incremento para atender o aumento de demanda. “Portanto, a resposta para o time comercial é: “pode vender que damos conta”.