Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 18 de maio de 2011 por Cleide Sales

Mão-de-obra qualificada, Planejamento nas Operações e Segurança marcam 1º Workshop Sobratema 2011

Mais de 170 profissionais das construtoras e empresas de mineração mais conceituadas do País compareceram no 1º Workshop Sobratema 2011. Leia mais

Com o objetivo de alcançar excelência em segurança no transporte de cargas, mais de 170 profissionais das construtoras e empresas de mineração mais conceituadas do País compareceram no 1º Workshop Sobratema 2011, com o tema Transporte e Movimentação de Carga. O evento aconteceu no último dia 12 de maio, no Centro de Convenções Rebouças, localizado na zona oeste da capital paulista. O presidente da Sobratema, Afonso Mamede, realizou a abertura do evento, e ressaltou que a entrada de novos fabricantes de equipamentos amplia a necessidade de troca de informações e de conhecimentos nos diversos níveis operacionais, e que o Workshop Sobratema insere-se como ótima oportunidade para esse intercâmbio.

Entre os participantes, Ricardo Luiz Torres, técnico em manutenção da Samarco Mineração, diz que o tema proposto enriquece com conhecimento e aprendizado a todos os profissionais envolvidos direta ou indiretamente com içamento de cargas. “O mercado é carente de profissionais pautados pelo sucesso e segurança na operação de içamento. Por isso, a Samarco adotou o método rigging, preparando bons profissionais. Hoje, temos um grupo de riggers, todos formados pelo Instituto OPUS (programa da Sobratema), e nesse grupo, estudamos todo o contexto e prevenções necessárias no transporte e movimentação de cargas”, conclui Ricardo.

Planejamento e Segurança no Transporte e Movimentação de Cargas

Os palestrantes abordaram diversos temas. Elygerson Alves Alvares, da Fundação Adolpho Bósio de Educação no trânsito, ressaltou especificamente a questão do transporte rodoviário de cargas, leis, adequação dos veículos e distribuição de pesos por eixo, além de cuidados dos condutores nas vias brasileiras, evitando acidentes ou perdas materiais para a empresa.

Já o engenheiro mecânico especializado em movimentação de carga Carlos Gabos, da construtora Odebrecht, que apresentou uma palestra sobre a segurança nas operações de movimentação de cargas de pequeno e grande porte, destacou que para obter sucesso no transporte de cargas é necessário passar por quatro etapas: procedimento, planejamento, pessoas e segurança. “A causa dos acidentes sempre está ligada ao uso de equipamentos em más condições, pessoas incapacitadas ou comportamento inadequado à frente das operações”, alerta Carlos.

No intervalo das palestras, durante o coffee break, um dos participantes do Workshop, o gerente de equipamentos Vilson Dutra da Silva, da Andrade Gutierrez, conta que a preocupação com o transporte e movimentação de cargas é um tema que deve ser bastante discutido. “As empreiteiras de um modo geral têm que ter consciência das dificuldades que existem na mão-de-obra, pois, o índice de acidentes ainda é alto, e a participação de todas as empresas neste workshop prova que as empresas do setor estão começando a investir para melhorar o nível dos profissionais em suas respectivas empresas”, afirma Vilson.

Prevenção de acidentes

Em seguida, o consultor Fernando Fuertes iniciou a palestra relatando as condições mínimas de segurança na amarração de cargas. Na oportunidade, Fernando mostrou a todos os participantes, fotos de flagrantes de caminhões nas rodovias com amarrações de cargas totalmente inadequadas e improvisadas, expondo a riscos de acidentes e prejuízos para a empresa. A partir daí, afirmou a necessidade de planejamento da operação, fiscalização de um profissional técnico, treinamento e cursos especializados.

Para finalizar o ciclo de palestras, o instrutor de cursos Oswaldo Antonio Biltoveni, do Instituto Opus, da Sobratema, ressaltou que faltam profissionais qualificados em içamento de cargas com guindastes. Segundo ele, de acordo com estatísticas, a principal causa dos acidentes com guindastes (90%) provém de falha humana.  E destacou que as principais deficiências devem-se à falta de definição nos pré-requisitos de escolaridade durante a seleção de pessoal, indefinições na distribuição dos cargos e responsabilidades, ausência de normas mais rígidas, literatura técnica escassa e falta de classificação oficial de cargos para o setor.

O presidente da Sobratema, Afonso Mamede, relata que o mercado tem bons profissionais, porém, ainda é pouco, devido o crescimento por que vem passando o setor e, por isso, é importante o preparo através de cursos e especializações. “A conscientização e preocupação têm que começar pela própria empresa, providenciando cursos e contatando entidades envolvidas no preparo desses profissionais, a exemplo do Instituo Opus, que completou 10 anos na formação de riggers e supervisores de rigging”, aconselha Afonso. 

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