Publicado em 28 de julho de 2023
28 de julho de 2023
A produção de briquetes a partir de resíduos da agroindústria traz benefícios para o meio ambiente ao promover a circularidade e ao gerar energia de uma fonte renovável. Para a economia local, agrega valor com a fabricação de um produto de baixo custo e com alto poder calorífico, que pode ser utilizado em fornalhas e caldeiras em vários segmentos.
“Os briquetes possuem 4800 kcal/kg a 5200kcal/kg de poder calorífico superior e fornalhas e caldeiras tradicionais não estão preparadas para essa combustão. Assim, em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Biomassa, desenvolvemos uma tecnologia diferenciada de combustão que permitiu a construção de uma câmara térmica de combustão a altas temperaturas com custo competitivo. Foi uma grande conquista, já que a pirólise é um processo caro na geração térmica. Mas o briquete é uma matéria-prima barata”, explicou Joanilson Mattos de Oliveira, diretor da Green Valley, durante o BW Works SENAI – Empresas Inovadoras, uma iniciativa do Movimento BW, com o apoio do SENAI, transmitido no dia 26 de julho.
Os resíduos usados pela Green Valley são de várias fontes, vindos, principalmente, de cooperativas do Mato Grosso do Sul. Para Oliveira, esses resíduos se transformaram em matéria-prima para fabricação de um novo produto, agregando valor as cadeias de produção, redução de custos e menor geração de resíduos ao meio ambiente.
Durante o episódio Uso de Resíduos Agroindustriais para Produção de Briquetes, que contou com a apresentação de Luís Gustavo Delmont, especialista em desenvolvimento industrial do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o diretor da Green Valley contou que a empresa está expandindo esse processo, ao utilizar também resíduos florestais, de madeira e podas de árvores para a produção de briquetes.
“Demos um grande salto e ampliamos nossa área de atuação, uma vez que os briquetes também podem ser fabricados a partir de resíduos de lodo das estações de tratamento de esgoto e resíduos de celulose. Com isso, ajudamos a eliminar passivos ambientais, o processo de descarbonização e a diminuição de resíduos na indústria”, finaliza Oliveira.
O Movimento BW é uma iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) e procura estimular o uso de inovação e tecnologia para o desenvolvimento de novos produtos, soluções e serviços sustentáveis, que reduzam a pegada ambiental das atividades humanas. Por isso, lançou, com o apoio do SENAI, por meio dos Institutos SENAI de Inovação e de Tecnologia, a nova série BW Works SENAI – Empresas Inovadoras no mês de maio.
O BW Works SENAI – Empresas Inovadoras contará com dez episódios que retratarão cases desenvolvidos pela indústria, em parceria com o SENAI. Esses projetos englobam segmentos como agronegócio, têxtil, alimentício, farmacológico, cosmético, de vidro, de filtros, de combustíveis renováveis, e foram realizados em diversas regiões do país: Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul.
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