Publicado em 22 de setembro de 2023
São Paulo (SP) – A teleoperação de máquinas e equipamentos é toda operação de equipamento feita a distância de modo a diminuir o risco à vida de operadores em campo. Usada em atividades de mineração, movimentação de materiais radioativos, entre outras operações perigosas, a tecnologia conseguiu retirar 2 milhões de m³ de materiais com equipamentos não tripulados em uma barragem em Belo Horizonte (MG).
O projeto foi descrito por Francisco Neto, gerente de negócios da Sitech, durante o webinar “O avanço da conectividade nos equipamentos”, promovido na quinta-feira, 21, pela Sobratema. Ele explicou que foi usado o método de estação remota, que é um cockpit com diversas telas e controles para teleoperação. Localizado a 20 quilômetros de distância da barragem, o operador precisou usar 120 câmeras com streaming em tempo real para teleoperar os 25 equipamentos em campo.
O planejamento da infraestrutura para que um projeto como esse dê certo é o maior desafio, segundo Neto, e começou ainda em 2019. Primeiro, teve que ser instalado fibra óptica na barragem para conectar roteadores, além de adaptar a aplicação com sistema de visão para que apresentasse em tela o necessário para teleoperação e de forma que não gerasse atraso, como buffering.
Os equipamentos usavam o Wi-Fi para se conectar, pois na época do projeto ainda não havia disponibilidade do 5G. “Talvez o 5G atendesse a demanda, mas teríamos que fazer testes antes”, explica. “Em outros casos, como apenas o envio de comando para as máquinas, é possível o uso de redes públicas.”
A construtora, que não teve o nome revelado, ainda fez o levantamento topográfico da barragem com drones e usou modelagem 3D para criar o projeto a ser embarcado nas máquinas.
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