Publicado em 15 de setembro de 2023
A tecnologia é um grande aliado do meio ambiente. No caso dos pneus fora de estrada, uma solução desenvolvida nos Estados Unidos tem contribuído para ampliar a vida útil desse componente e para promover a economia circular, gerando redução de custos, economia de diesel, reciclagem e reaproveitamento dos materiais.
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“A tecnologia de preenchimento 3S aumenta a segurança da operação, ao eliminar o risco de explosão e os problemas com furos e cortes, expandindo a disponibilidade do equipamento ao ampliar a durabilidade e o tempo de uso do pneu, e diminuindo custos com manutenção e calibragem. O pneu é utilizado até o fim da vida útil, ou seja, o fim da camada de borracha externa. Por meio da logística reversa, o componente retorna para que 60% dele seja usado para preencher outros pneus novos, fazendo com que o material retorne à cadeia produtiva, reduzindo o impacto ambiental”, explicou Bernardo Mazzulla Bissolotti, head de Serviços e Soluções da Gripmaster Tires, durante o BW Works Os benefícios do preenchimento 3S para pneu, uma iniciativa do Movimento BW, transmitido no dia 13 de setembro.
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Segundo Wilker Fernandes Cardia, coordenador de Excelência Operacional Florestal da Suzano, as trocas de pneus com condição normal de operação chegavam ao ano, em média, entre 1300 e 1400. A partir do uso da tecnologia, a troca caiu para 164, em 2022. “Nesse sentido, tivemos um grande aumento de produtividade, pois diminuíram as paradas dos equipamentos”, explicou.
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Ele contou ainda que pelo pneu não ter ar, não é necessário fazer a calibração, que é um fator importante no consumo de diesel. “Mesmo com um peso diferente pelo uso do elastômero, o que exigiu um estudo do comportamento do equipamento, posso dizer que houve uma economia de combustível”, destacou Cardia, que acrescentou que a solução fornece condições melhores para a equipe de manutenção realizar seu trabalho em campo, além de ser possível programar de forma mais assertiva essa manutenção.
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Durante o BW Works, Bissolotti informou que a tecnologia é focada em operações severas e tem dois limitadores técnicos: o equipamento não pode ultrapassar a velocidade de 60 km/h e o pneu não pode ser exposto a temperaturas acima de 130°C. Atualmente, são 400 clientes que já aplicam essa tecnologia. A solução foi certificada com o selo verde do Instituto Internacional Chico Mendes.
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Sobre novas tecnologias de pneus, Cardia adiantou que estão em fase de testes operação de equipamentos em áreas declivosas, com o uso da tecnologia somada às esteiras; e o desenvolvimento de uma linha de selante para pneus rodoviários. Outra iniciativa embrionária é a possiblidade de se ter uma máquina retornável, ou seja, utilizar os equipamentos em final de ciclo de vida para fazer novos equipamentos, a partir da engenharia reversa, o que diminuiria o uso de materiais novos.
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O Movimento BW é uma iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) e procura estimular o uso de inovação e tecnologia para o desenvolvimento de novos produtos, soluções e serviços sustentáveis, que reduzam a pegada ambiental das atividades humanas.
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