Publicado em 26 de abril de 2024 por Mecânica de Comunicação

O setor de locação de equipamentos é bastante diverso e relevante, com mais de 45 mil empresas atuantes em todo o país. O mercado é estimado em cerca de R$ 70 bilhões. Na abertura do 10º Congresso Nacional de Valorização do Rental, durante a M&T Expo 2024 – part of bauma NETWORK, principal feira de máquinas e equipamentos para construção e mineração na América Latina, Paulo Esteves, presidente da Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas (Analoc), destacou que a entidade está atuando para melhorar o ambiente de negócios, focando em educação, em fornecimento de dados para facilitar a tomada de decisões, e integrar o setor.

A Sobratema sempre apoiou e incentivou o segmento. “Desenvolvemos o Congresso Nacional Valorização do Rental na M&T Expo e promovemos as três primeiras edições, que se tornou um evento consolidado, gerando um impacto positivo, formador de opinião e sempre com informações relevantes para os empresários do setor. Também apoiamos a criação da Analoc, que tem trabalhado fortemente para o desenvolvimento desse mercado”, disse Afonso Mamede, presidente da Sobratema, na abertura do Congresso.

Para Mamede, o rental tem um potencial grande de crescimento e a Sobratema está comprometida em continuar a apoiar as iniciativas do setor. “A locação evoluiu na profissionalização, na captação de recursos via fundos financeiros e bolsa de valores e aumentou o volume de compras junto aos fabricantes impulsionando a indústria, ampliando seu market share pouco expressivo nos anos 2000 para 18% em 2018, com expectativa de chegar a 30% no final deste ano, caminhando para os níveis dos grandes mercados como o americano e o europeu, onde o market share supera 60%”, salientou.

Contudo, o setor enfrenta desafios como a falta de mão de obra qualificada para ocupar novos postos de trabalho. Sérgio Kariya, CEO da Mills Locação, diz que o problema se agrava ainda mais quando as empresas expandem seus negócios para localidades distantes das grandes capitais. “Quando você chega em localidades mais distantes, as qualificações são um pouco menores. Então é preciso capacitar e treinar”.

Outro desafio comum às empresas de locação de máquinas é a questão energética. Grande parte das empresas têm procurado reduzir seus custos e trocar combustíveis poluentes por energias renováveis.

Segundo Abraham Curi, presidente da Tecnogera, há dois anos a empresa está empenhada em projetos de eletrificação de frotas por meio de baterias de lítio. “Tudo o que hoje é a diesel tem potencial para ser elétrico; a maior dor é a infraestrutura elétrica”, explicou.