Publicado em 30 de maio de 2012 por Cleide Sales
O túnel imerso nas águas do mar que deve ligar Santos ao Guarujá é a opção mais indicada segundo avaliação feita pelo engenheiro e professor da USP Tarcisio Celestino, em uma palestra durante o Sobratema Congresso, promovido junto com a M&T Expo 2012 no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Segundo o professor, a alternativa econômica e de menos impacto ambiental para o local é por baixo do canal, por meio de túneis. Já entre as opções de túneis, a mais indicada, segundo Celestino, são os imersos. “É a melhor solução, pois causa menos impacto no entorno e encurta a travessia, uma vez que com ele não há necessidade da construção de grandes rampas, como ocorre nas pontes”, diz o professor. Utilizado em vários países, entre eles a Holanda, o túnel imerso fica pouco abaixo da linha d’água e é feito por estruturas modulares de concreto pré-moldado.
Além de Celestino, também participou do ciclo de palestras sobre túneis, Francisco Ribeiro Neto, da gerência de Projetos do Metrô de São Paulo. Ele tratou do tema “Gestão de riscos para obras subterrâneas”, na qual abordou a importância de um gerenciamento apurado dos riscos encontrados em uma obra, de forma a mitigá-los até o nível residual aceitável. “Poços de Grandes Diâmetros” foi o tema da apresentação do engenheiro Pedro Teodoro França, da CJC Engenharia. O especialista destacou a utilização dos tipos de poços adequados para grandes obras e explicou sua vantagem frente à vala escorada. “Basicamente, o poço não exige escoramento como nas valas, o que proporciona rapidez executiva, pois não é preciso tirantar (escorar) de um lado para o outro”, finalizou o palestrante.
Os desafios da área de locação de equipamentos para obras de infraestrutura
A Associação dos Locadores de Equipamentos da Construção Civil (ALEC) participou do Sobratema Congresso com a palestra O mercado de locação no Brasil e os riscos da desindustrialização. “Embora os desafios sejam grandes, também podemos afirmar que o mercado de locação no Brasil está amadurecendo: há investimentos financeiros expressivos, fusão e aquisições e a presença de empresas de locação na Bolsa de Valores, o que é muito representativo”, afirmou Marco Aurélio da Cunha, presidente da entidade.
Para um grande quórum de empresários de vários estados do Brasil – dado bastante positivo, visto que 80% dos associados estão apenas no Sudeste – Cunha abordou o processo de desindustrialização no Brasil, fenômeno que também ocorre em outros países. “O processo tributário pesado, o sistema financeiro e as leis trabalhistas dificultam o negócio de locações, mas o fenômeno da desindustrialização complica o quadro”, contabiliza Marco Aurélio da Cunha.
Outro desafio para o segmento é a ausência de mão de obra qualificada capaz de absorver a demanda existente. “É necessário preparar profissionais para operar as máquinas nos canteiros de obras. O mau uso provoca devolução de equipamentos, o que gera prejuízo para a construtora e para a locadora”, ressalta ele. Para minimizar o problema, a ALEC tem promovido treinamento para funcionários de locadoras, abordando temas como manutenção de máquinas e segurança nos equipamentos. “Figuramos entre os países mais empreendedores do mundo. São muitos os desafios, mas se houver coesão na classe, grandes passos serão dados”, finaliza o presidente da ALEC.
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