Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 26 de abril de 2012

Folha de Londrina - PR terá investimentos de R$ 26 bi até 2016

Montante representa a somatória de obras e projetos em várias áreas e coloca o Estado em 13º no ranking nacional

PR terá investimentos de R$ 26 bi até 2016
 
Montante representa a somatória de obras e projetos em várias áreas e coloca o Estado em 13º no ranking nacional
 
Curitiba - O Paraná terá R$ 23 bilhões de investimentos em obras e projetos em várias áreas até 2016 e ocupa o 13º lugar no ranking nacional. Serão 503 obras com destaque para a ampliação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), a Usina Hidrelétrica do Baixo Iguaçu, o projeto de ramal ferroviário entre Cascavel e Guaíra e a Linha Azul do Metrô de Curitiba. Nesta conta também estão incluídas as obras de estádios de futebol para a Copa de 2014. O número de obras do Paraná representa 39,1% do total da Região Sul e 26,4% do valor total dos três Estados do Sul. Os setores com maiores investimentos no Paraná são nas áreas de transporte e vias urbanas, energia e combustível que somam R$ 19,8 bilhões até 2016. 

No País, o número de obras chega a 9.702 com um total de investimentos de R$ 1,35 trilhão. O levantamento foi realizado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema) na pesquisa ''Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil até 2016''. De acordo com coordenador da pesquisa, Brian Nicholson, a maior parte dos investimentos no Brasil deve acontecer na área de combustíveis que representa uma fatia de R$ 617 bilhões, valor que se aproxima a quase a metade do total. Ele destacou que os investimentos mais intensos nesta área devem ser no Pré-Sal. Haverá recursos destinados para plataformas de exploração de petróleo, bases terrestres, navios de apoio, entre muitos outros investimentos. 

Segundo ele, a maior parte dos investimentos do Pré-Sal será nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, mas também haverá parcelas da Bahia e do Maranhão. ''O Brasil vai sair de produtor médio pequeno de petróleo para médio grande'', destacou. 

A segunda área com maior volume de investimentos no Brasil deve ser transporte e vias urbanas (R$ 292,5 bilhões), seguida de energia (R$ 193,9 bilhões) e saneamento (R$ 64,9 bilhões). Nicholson explicou que apesar das obras de saneamento representarem o maior número (5.865) não significam o maior montante financeiro porque são obras pequenas. 

O maior valor individual na área de transporte é do trem bala entre São Paulo e Rio de Janeiro. O setor também recebe grandes investimentos em estradas, portos e ferrovias. Em energia estão incluídos grandes projetos hidrelétricos, como as usinas de Belo Monte, no Pará, e Santo Antônio e Jirau, ambas em Rondônia. 

Segundo ele, não há problemas na frota de equipamentos para a contrução civil e nem de volume de recursos para executar as obras. Cerca de 57% da frota têm menos de cinco anos de idade e teve crescimento e renovação nos últimos anos porque o País voltou a investir em infraestrutura. Nicholson destacou que o grande gargalo na construção civil é a dificuldade de mão de obra qualificada de engenheiros, pessoal de manutenção e operadores de equipamentos. 

Outro problema que gera atraso nas obras é a lentidão em licitações e licenciamentos ambientais. Segundo ele, estas partes dos processos deveriam ter mais agilidade, previsibilidade e eficiência. 

A pesquisa considerou os setores de energia, transportes, combustíveis e saneamento, a infraestrutura produtiva exigida pela expansão de setores privados tais como turismo, comércio e manufatura, bem como a infraestrutura esportiva associada à Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos.