Publicado em 15 de abril de 2013 por Mecânica de Comunicação
Sobratema Workshop: Planejamento reduz riscos de acidentes de trabalho em altura
O auditor fiscal do trabalho destacou outros pontos importantes para a segurança em trabalhos em altura. Leia mais
O primeiro conceito básico para diminuir os riscos de acidentes de trabalho em altura é o planejamento. “Alguns acidentes são ocasionados quando os trabalhadores são expostos a condições que excedem a jornada regular de trabalho, chegando, em certos casos, a 70 ou 80 horas em uma semana”, afirma Antonio Pereira, auditor fiscal do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo e coordenador do Programa Estadual da Construção de São Paulo, durante o Sobratema Workshop, que está sendo realizado nesta quarta-feira, em São Paulo.
De acordo com Pereira, a rotina de horas extras seguidas, além de ser um risco para o trabalhador, também mostra que o planejamento feito pela empresa não está adequado. “O excesso de jornada de trabalho aumenta o risco de acidentes”, acrescenta.
Outro fator que denota a importância do planejamento é a manutenção. “Quando se inicia uma obra, é necessário saber quem e como vai ser feita a manutenção para que ela seja feita adequadamente”, diz Pereira. Três exemplos dados pelo auditor fiscal do trabalho no Sobratema Workshop foram a troca de lâmpadas em auditórios com mais de 2 metros de altura, a limpeza de fachadas de shoppings e a troca de materiais em coberturas de estádios. “Se essa manutenção não for realizada, respeitando as normas de segurança, o trabalhador pode correr riscos”, ressalta.
Segundo Pereira, o planejamento depende de uma boa análise de risco e por isso, as empresas devem se preocupar com o pós-obra. “Atualmente, as empresas estão muito focadas e preocupadas com a obra e deixam de lado o pós-obra”, alerta.
Ainda em sua apresentação no Sobratema Workshop, o auditor fiscal do trabalho destacou outros pontos importantes para a segurança em trabalhos em altura, entre os quais estão: a capacitação do trabalho, o uso correto dos equipamentos, o plano de emergência para minimizar o impacto quando acontece o acidente, e a permissão e autorização de trabalho, que depende de uma avaliação médica consciente e não, simplesmente, burocrática.
Plataformas aéreas são seguras para trabalhos em altura
As plataformas aéreas (PTA) são um método seguro para trabalhos em altura, desde que usadas de maneira correta, respeitando as normas vigentes e as questões relativas à segurança determinadas pelos fabricantes. “Esse equipamento veio substituir outros métodos não convencionais que representavam um risco para o operador”, explica Antonio Barbosa, gerente nacional do IPAF – International Powered Access Federation (Federação Internacional de Plataformas Aéreas), durante sua palestra no Sobratema Workshop 2013.
Eficientes, seguras e produtivas, as PTAs oferecem riscos apenas quando não estão sendo operadas por profissionais com a devida capacitação e treinamento. “Ao operar uma plataforma é preciso ter consciência para utilizá-la de maneira correta”, avalia Barbosa. “Um dos principais problemas na área de construção e de outros segmentos que realizam trabalhos em altura é a queda de pessoas e de objetos”, complementa.
No caso da plataforma, existe outro fator para a causa de acidentes que é o tombamento desse equipamento. “São diversos motivos que levam ao tombamento, incluindo, a operação em terrenos não apropriados, o que causa a falta de estabilização, a falta de parapeito ao redor da plataforma, a sobrecarga, o uso de uma escada auxiliar apoiada no equipamento e as condições climáticas”, exemplifica Barbosa em sua palestra no Sobratema Workshop 2013.
De acordo com o gerente, as plataformas aéreas foram desenvolvidas para a movimentação de pessoas e, no máximo, das ferramentas que serão utilizadas por elas.
Assim, a conscientização do operador é fator primordial bem como o treinamento. “A capacitação adequada fornece subsídios para que ele conheça a operação, os fatores de risco e segurança e consiga fazer uma avaliação correta de todo o entorno onde estará a plataforma” finaliza.