Publicado em 09 de maio de 2024
Sobratema estima que comercialização de máquinas para construção cresça 6% em 2024
O evento contou com lançamentos de mais de 400 marcas nacionais e internacionais de equipamentos e máquinas.
Crédito: WTF Live
Entre os dias 23 e 26 de abril, foi realizada a M&T Expo – Part of bauma NETWORK, principal feira de máquinas e equipamentos para construção e mineração da América Latina.
O evento contou com lançamentos de mais de 400 marcas nacionais e internacionais nas áreas de linha amarela, de içamento, movimentação de cargas e pessoas, concreto e asfalto, componentes e serviços, além de atrações como a Arena de Demonstração, Museu de Máquinas do Brasil, Polo de Guindastes, Prêmio Mais Sustentável by M&T Expo e Curso de Operadores de Máquinas, parte do programa M&T Expo Capacita.
Veja alguns destaques da M&T Expo – Part of bauma NETWORK:
Crescimento de 6% nas vendas de máquinas para construção
Durante o evento, a Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) mostrou que a comercialização de máquinas para construção deve crescer cerca de 6% em 2024 em relação ao ano passado. Isso representa mais de 55,5 mil equipamentos vendidos neste ano, contra 52,4 mil unidades comercializadas em 2023. Para as máquinas da linha amarela (movimentação de terra), a previsão é de mais de 33 mil equipamentos comercializados, o que representa uma alta de 6% ante 2023.
Para Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, as concessões de infraestrutura, a mineração e o agronegócio têm trazido estabilidade para o crescimento sustentável do mercado de máquinas e vão continuar influenciando de forma positiva as vendas no setor. “O setor privado ganhou relevância nos últimos anos com os leilões, fomentando confiança e segurança para investir. Na área pública, destaque para os esforços e recursos financeiros das prefeituras e governos estaduais, que estão promovendo obras. A efetiva mobilização das obras do PAC pode contribuir para esse resultado ser ainda melhor”, destacou.
Boas práticas de sustentabilidade na construção e mineração
Outro destaque do evento foi o Fórum “ESG na Construção e Mineração – As melhores práticas para a sustentabilidade aliada à competitividade”. Na ocasião, foram discutidos temas como transição energética, descarbonização de frotas, governança, diversidade, inclusão, tecnologias sustentáveis e práticas sustentáveis na área de resíduos e rejeitos.
Um dos temas mais relevantes neste âmbito foi a questão energética, que se torna um grande desafio às empresas de locação de máquinas. Durante o evento, notou-se que parte dos negócios desta área tem procurado reduzir seus custos e trocar combustíveis poluentes por energias renováveis. Abraham Curi, presidente da Tecnogera, comentou que há dois anos a empresa está empenhada em projetos de eletrificação de frotas por meio de baterias de lítio. “Tudo o que hoje é a diesel tem potencial para ser elétrico; a maior dor é a infraestrutura elétrica, ou seja, saber onde é possível carregar a máquina”.
Durante o Simpósio Tecnológico VDMA, organizado pela Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais, falou-se sobre economia criativa, reciclagem, reuso e redução de materiais, mas principalmente sobre aspectos de qualidade de vida das pessoas. Em termos de proteção ambiental, a impressão 3D deve ser ampliada, segundo Roberto Otto Griese Junior, gerente geral da M-Tec Brasil, uma vez que a tecnologia já está em aplicação, contribuindo para ganhos de produtividade, qualidade e tempo.
Resolução de Conflitos na Construção e Mineração
Durante o painel “Métodos Adequados de Resolução de Conflitos na Construção e Mineração”, falou-se sobre o fato de que grande parte das 22 mil obras paradas no Brasil (segundo levantamento atual do Tribunal de Contas da União – TCU) poderiam estar prontas caso a administração pública adotasse, desde o início dos contratos, o mecanismo de Dispute Board ou Comitê de Solução de Conflitos. Qualquer tipo de contrato, seja ele privado ou público, pode ter um comitê de solução de conflito.
Segundo Beatriz Rosa, mediadora e arbitrária de diversas Câmaras de Arbitragem e membro do Dispute Resolution Board Foundation (DRBF), este método pode prevenir conflitos que possam chegar ao Judiciário e que, por este motivo, paralisem a obra ou cause atrasos por conta de pendências judiciais.
Revisão da ABNT NBR 15696
Na Arena de Demonstração, os visitantes puderam acompanhar a operação dos equipamentos em tempo real.
Crédito: WTF Live
Durante a ABRASFE Tectalks, debate promovido pela ABRASFE (Associação Brasileira de Fôrmas, Escoramentos e Acesso), foi divulgado que a ABNT NBR 15696 – Dimensionamento, Ensaios e Aplicabilidade de Fôrmas e Cimbramentos para estruturas de Concreto está em processo de revisão e o texto final deve ser publicado até o final deste ano. De acordo com a ABRASFE, o novo texto da norma deve contemplar as categorias de concreto (como temperatura de lançamento), bem como as exigências para que uma empresa seja autorizada a operar.
Lançamentos relevantes do setor
Na Arena de Demonstração, os visitantes puderam acompanhar a operação dos equipamentos em tempo real, como escavadeiras, carregadeiras, minicarregadeiras, pá carregadeiras, caminhões basculantes elétricos, empilhadeiras, plataformas, prensas, caçambas, tesouras, pinças, motores, cavalo com munck, semirreboques, estações de energia, painel solar e canhão de névoa.
Grandes players do segmento de equipamentos trouxeram lançamentos como escavadeiras de grande porte, máquinas elétricas, recursos avançados que oferecem desempenho, eficiência, conforto e vida útil (adequados para alta demanda e produtividade), além de tecnologias disruptivas e recursos inovadores.
Simuladores
Uma novidade bastante presente no evento foram os simuladores. Os expositores trouxeram equipamentos que são utilizados para treinamento de profissionais nas áreas de manutenção e operação de máquinas. A Manitowoc, por exemplo, apresenta um simulador desenvolvido em parceria com a canadense CMLabs, que desembarcou no Brasil em 2023 e se somou a outros cinco simuladores e quatro bancadas de teste no Centro de Treinamento da empresa, que, interligados, simulam o comportamento do amplo e diversificado portfólio de equipamentos da marca, e são utilizados em treinamentos de manutenção e de operação, assim como no ensaio de peças e componentes.
“Seu principal diferencial está no fato de ser capaz de refletir as mesmas condições mecânicas de uma máquina real. Isso é muito importante porque as máquinas têm alto valor agregado e custo médio de US$ 1 milhão, o que pode até inviabilizar uma parada para treinamento. Além disso, é fácil de transportar e permite simular condições que, em uma máquina de verdade, não se pode fazer, como direção do vento, mudanças de pressão hidráulica, entre outros”, explicou Leandro Nilo de Moura, gerente de Marketing Latinoamérica da Manitowoc.
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