Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 12 de janeiro de 2024

IPESI - Consumo de máquinas para construção civil deve aumentar pelo menos 6% em 2024

Consumo de máquinas para construção civil deve aumentar pelo menos 6% em 2024

12/01/2024

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Diferentemente do ano passado, a perspectiva para o setor de máquinas para construção em 2024 é positiva, na esteira de um possível revigoramento do consumo após uma estimativa de queda de 13% nas vendas em 2023.

 

De acordo com o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, publicado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), a expectativa é de que a demanda por máquinas de construção alcance neste ano 52,4 mil unidades comercializadas, uma expansão de 6% diante do ano passado.

 

Especificamente para a linha amarela, destinada à movimentação de terra, a previsão é de um aumento de 7% em 2024, contrastando com a retração estimada de 21% em 2023 na comparação com 2022, quando foramcomercializadas 31 mil unidades.

 

O estudo mostra, inclusive, que o otimismo voltou em grande estilo ao mercado de máquinas para construção, com 76% dos empresários entrevistados acreditando firmemente em crescimento no correr deste ano.

 

A Sobratema também confia no crescimento mercado de locação, devido à crescente tendência por parte dos usuários de máquinas, sobretudo as construtoras, de intercalarem o uso de sua frota com a locação. Devido a esta estratégia, o percentual de frota parada caiu no ano passado para 19%, quando era de 57% em 2017.

 

RECUPERAÇÃO – O otimismo do setor é compartilhado pelas empresas de construção civil, que esperam ao menos uma pequena recuperação no mercado de obras. De fato, ouvidos no mesmo estudo, 54% dos entrevistados declararam ter boas expectativas quanto ao desempenho da indústria de construção em 2024.

 

Há razões para isto. A perspectiva de um resultado mais positivo é ancorada no impulso provocado pela queda contínua das taxas de juros e no novo ciclo imobiliário liderado pelo programa Minha Casa Minha Vida. Investimentos adicionais em infraestrutura também são esperados.

 

Outro fator positivo é de que, apesar da diminuição no número de lançamentos, os preços atrativos dos imóveis em estoque estão criando um momento favorável para a aquisição.

 

Esses preços podem se tornar ainda mais acessíveis com a redução dos juros básicos e, consequentemente, das taxas do financiamento imobiliário.

 

De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), o setor prevê, com tudo isso, um crescimento de 2,9% em 2024, diante da pequena expansão de 1,2% em 2023.

 

O fraco desempenho em 2023 foi uma verdadeira ducha de água fria nos empresários do setor, já que a construção civil brasileira tinha registrado um crescimento de 12,62% em 2021 e 6,85% em 2022.

 

A queda de 2023 foi provocada principalmente pela retração no mercado de autoconstrução e pequenas obras, parcialmente compensada pelo desempenho do mercado formal, liderado por construtoras e incorporadoras.

 

A expectativa dessas empresas é agora, também, de um expressivo aumento do emprego formal, refletindo a demanda aquecida.

Mas é esperada ao mesmo tempo mais escassez de mão de obra qualificada no setor, problema que vem se agravando ano a ano no Brasil. (Alberto Mawakdiye)