Publicado em 07 de agosto de 2013
Química Industrial - Falta de estratégia prejudica safra e competitividade
Falta de estratégia prejudica safra e competitividade
Segundo o painel “As oportunidades e as dificuldades para o aumento da oferta”, realizado durante o 12º Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) no dia 05 de agosto, a falta de estratégia, de planejamento e de execução nas obras de infraestrutura nos modais de transporte no País dificultam o escoamento das safras e prejudicam a competitividade do agronegócio brasileiro. Pelo debate, a questão não deve ser solucionada em curto prazo. “O gargalo logístico que afeta o agronegócio não será resolvido em apenas um ano, porque não se faz uma obra nesse período. Será necessário, no mínimo, três a quatro anos para que os resultados comecem a aparecer. Isso, é claro, se todos os investimentos anunciados resultarem em obras”, afirmou Afonso Mamede, presidente da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração.
Para Carlos Fávaro, presidente da Aprosoja – Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso, o problema não é a falta de recursos, mas fatores como licenciamento ambiental, a fiscalização dos territórios indígenas, os questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU), entre outros. “A vocação do Centro-Oeste, por exemplo, é exportar pelo Arco Norte. O desenvolvimento de hidrovias nos diversos rios navegáveis seria uma maneira eficiente e mais barata para escoar a produção”, analisa. Para que ocorram mudanças significativas na questão da infraestrutura e logística, José Ronaldo Vilela Rezende, sócio da PWC – Líder de Agronegócio acredita que as instâncias governamentais precisariam agir. “O governo precisa ter coragem para quebrar algumas barreiras que impedem o avanço das obras e, com isso, agilizar os processos. Hoje, tudo é moroso”, acrescenta.