Publicado em 12 de dezembro de 2013 por Mecânica de Comunicação
Qualificação profissional pode contribuir para redução do número de acidentes com equipamentos de içamento de cargas
Wilson de Mello Jr., diretor do Instituto Opus, ministrou palestra sobre capacitação no segmento
Uma das principais causas de acidentes envolvendo guindastes decorre da falha humana, segundo estudo feito pelo OSHA - Occupational Safety and Health Administration, dos Estados Unidos. Esses erros podem acontecer tanto em nível gerencial como operacional. “Para mudar essa realidade, uma das ações primordiais é a qualificação dos profissionais que atuam nas áreas de planejamento, supervisão e operação com equipamentos de içamento de cargas”, afirma Wilson de Mello Jr., diretor do Instituto Opus, durante o Seminário Técnico Segurança e Saúde na Indústria da Construção, promovido pelo Instituto Trabalho e Vida, nesta quarta-feira, dia 11 de dezembro, no auditório do Sinduscon-SP – Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo.
O diretor do Instituto Opus informou que o Brasil possui um grande desafio em qualificação da mão de obra para trabalhos com movimentação de cargas. “Nos últimos anos, os prazos para entrega das obras estão mais enxutos, os métodos construtivos exigem uma complexidade maior para a montagem das estruturas e houve um aumento da carga ser içada”, exemplifica. “Essas situações exigem, ainda mais, que o Rigger, o Supervisor de Rigging, o Sinaleiro Amarrador e o Operador possuam um nível de capacitação diferenciado”, acrescenta.
Durante sua apresentação, Mello Jr. elencou as aptidões que o Rigger deve ter, como por exemplo, o conhecimento de características dos guindastes, saber ler plantas e interpretar desenhos, a habilidade de realizar cálculos numéricos, entre outros. E, também, explicou quais informações devem estar contidas em um plano de Rigging: definição clara da área a ser executada a operação, elementos aplicados para ligação entre o guindaste e a peça, configuração do guindaste, composição da carga bruta a ser aplicada, etc.
Segundo Mello Jr., as empresas do setor estão trabalhando melhorar a qualificação profissional por meio de treinamento específico interno, uso de simuladores, desenvolvimento de cursos em parceria com universidades, além da avaliação e da importação de mão de obra para formação.
Outra importante ação que está implantada é a certificação de Rigger, Supervisor de Rigging e Sinaleiro Amarrador. “A Sobratema fez uma aliança estratégica com a Abendi – Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção, que é referência no mercado em termos de certificação de pessoas, para que esses profissionais fossem, realmente, avaliados e recebessem tal reconhecimento”, explica Mello Jr. “Um dos requisitos para que o Rigger receba a certificação é que ele tenha uma formação técnica reconhecida pelo CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia”, finaliza.