Publicado em 20 de março de 2014 por Mecânica de Comunicação

Quanto maior a complexidade de uma obra, mais importante se torna a gestão de riscos para o sucesso do projeto

O momento singular pelo qual passa o Brasil, com obras em todo o território nacional, seja para melhorar, ampliar e reduzir gargalos na infraestrutura rodoviária, ferroviária e aeroportuária, ou para aumentar a eficiência na oferta de energia, óleo e gás, tem contribuído para um contínuo aperfeiçoamento de processos operacionais e métodos construtivos para elevar a eficiência na construção. Dados da pesquisa Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil até 2018, da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, mostram uma estimativa, para o período, de 8.300 obras em andamento, em projeto ou intenção.

Apesar do alto nível de eficiência alcançado nos canteiros, a possibilidade de ocorrer imprevistos que interfiram no cronograma e no orçamento ou até resultem em lesões e fatalidades ainda existe. “Esses acidentes podem ocorrer devido a causas fortuitas ou a erros de projeto, mas, seja qual for sua origem, um imprevisto durante a obra quase sempre se reverte em perdas que terão impacto econômico-financeiro na empresa”, afirma Carlos Alberto Marini, gerente de Planejamento e Gestão da Galvão Engenharia. “Por esse motivo, a gestão de riscos na construção é um instrumento fundamental para evitar surpresas ou resolver os imprevistos rapidamente caso eles aconteçam”, acrescenta.

Marini, que será palestrante do Sobratema Workshop 2014, marcado para o dia 8 de abril, em São Paulo, explica que cada empreendimento é único, em termos de hierarquia de importância dos riscos existentes em sua construção. “Alguns riscos são comuns, mas outros são específicos do tipo de obra, já que a construção de um túnel subterrâneo para a construção de um metrô é diferente da construção de uma rodovia no solo ou da montagem industrial de uma refinaria”, exemplifica. Outro ponto importante a ser verificado é a região, onde será realizado o empreendimento, seja uma obra urbana ou uma obra em região rural, de mananciais, em meio à natureza. “Assim, quanto maior a complexidade da obra, maior é a importância da gestão de riscos para o sucesso do projeto”, ressalta. 

Para auxiliar as construtoras a implantar uma gestão de riscos há ferramentas especializadas e, também, a Norma NBR ISO 31000 de Gestão de Riscos, que prevê várias alternativas para o tratamento dos riscos operacionais, incluindo: a aceitação, onde o risco é pequeno, não pode ser controlado ou o custo do tratamento do risco não pode ser justificado, a prevenção, a mitigação, que procura reduzir a probabilidade de ocorrência e/ou o impacto de um evento de risco para níveis aceitáveis, e a transferência, onde a responsabilidade de um risco é transferida a uma outra parte, como por exemplo, um seguro.

De acordo com Marini, a Galvão Engenharia realiza a avaliação de riscos em uma obra por meio de uma política de seguros própria. “Definimos quais seguros são obrigatórios e quais riscos podem ser assumidos pela operação, assim como quais os limites para essa decisão. Como a análise contempla seguros exigidos contratualmente, seguros ligados ao bem estar dos colaboradores, responsabilidade civil e proteção ao patrimônio, é certo afirmar que todos os empreendimentos do grupo contam com seguros”, destaca.

A escolha pela utilização dos serviços e produtos de uma seguradora, segundo o gerente de Planejamento e Gestão da Galvão Engenharia, deve ser criteriosa e fatores como credibilidade no mercado, solidez e nível de atuação mundial, devem ser levados em conta. “Existem muitas construtoras que atuam em todas as regiões brasileiras e outros países, por isso essa cobertura precisa, muitas vezes, ser internacional”, avalia. “A escolha da uma corretora de seguros que atenda a todas as necessidades da empresa também é um fator determinante para uma adequada e completa cobertura de seguros”, finaliza.

Além de Marini, o tema Avaliação de riscos e seguros no Canteiro de Obras também será apresentado por Carlos Eduardo Almeida, diretor da Universal RE Seguros, durante o Sobratema Workshop 2014, cujo tema central é gestão de riscos nas obras – desafios e soluções.

A programação do evento ainda conta com a palestra sobre ações para remediar contingências e minimizar os riscos logísticos na construção civil a ser ministrada pelo professor Hélio Flavio Vieira, do Departamento de Engenharia Civil da FURB – Fundação Universidade Regional de Blumenau, a apresentação sobre acidentes e seus impactos na construção civil a ser proferida por Cosmo Palasio Jr., diretor estadual do SINTESP – Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado de São Paulo. Haverá ainda uma palestra sobre riscos ambientais, a ser apresentada por Fernando Kertzman, diretor geral da Geotec Consultoria Ambiental. Ao final, os palestrantes participarão de um debate a ser moderado por Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema.

Dirigido à empresários, gestores, engenheiros, profissionais e especialistas de construtoras, seguradoras, e consultorias de projetos, e representantes técnicos de órgãos governamentais, o Sobratema Workshop 2014 será uma oportunidade ímpar para ampliar o conhecimento na área de gerenciamento de riscos.

Serviço:

Sobratema Workshop 2014

Tema: Gestão de Riscos nas Obras – Desafios e Soluções

Data: 08 de abril de 2014

Horário: 13h00 às 18h30

Local: Centro Brasileiro Britânico – Rua Ferreira de Araújo, 741 – Pinheiros – São Paulo – SP