Sobratema Workshop 2014: Matriz de risco pode assegurar o andamento seguro de uma obra

Com a função de mapear os riscos e propor as soluções, também contribui para o cumprimento de orçamentos e cronogramas

O mercado de seguros de riscos de engenharia vem se mantendo estável nos últimos dois anos, após um período de crescimento contínuo na última década. De acordo com a Susep – Superintendência de Seguros Privados, órgão do Ministério da Fazenda responsável pela regulamentação e fiscalização do setor de seguros, a carteira de Riscos de Engenharia, movimentou R$ 460 milhões, em 2010, e R$ 912 milhões em prêmios, em 2011. Essa acentuada elevação deve-se, em especial, aos investimentos na área de infraestrutura e, também, as obras para a Copa do Mundo.

“Para este ano, a expectativa é que o mercado de seguros de riscos de engenharia se mantenha estável. No entanto, posso avaliar que, de um modo geral, o setor ainda possui capacidade e fôlego para crescer”, afirma Carlos Almeida, diretor da Universal RE Seguros. Uma pesquisa da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração estima que até 2018 seja investido em infraestrutura um montante de R$ 1,19 trilhão, em setores como óleo e gás, transporte, energia, saneamento, entre outros.

Um dos fatores que pode levar a contratação maior desse tipo de seguro é o posicionamento das construtoras brasileiras em alcançar o máximo da produtividade e competitividade em suas obras. A gestão de riscos, por exemplo, vem sendo adotada e aprimorada e uma das ferramentas usadas, nesse sentido, é a matriz de risco, que tem a função de mapear os riscos a que a obra está sujeita e propor os tratamentos que serão dados a estes riscos. “Sem conhecer e identificar os principais riscos, as soluções aplicadas podem conter falhas ou estarem inadequadas para a exposição”, explica Almeida.

Segundo o diretor da Universal RE Seguros, que fará uma palestra no Sobratema Workshop 2014, marcado para o dia 8 de abril, em São Paulo, a correta elaboração da matriz de riscos por uma pessoa experiente vai assegurar que a obra tenha um andamento previsível, seguro e sem sobressaltos. “Surpresas desagradáveis podem ser evitadas”, ressalta. “O melhor é ter a matriz de riscos feita de forma correta e o tratamento devidamente aplicado para que a obra possa cumprir seu orçamento e cronograma”, acrescenta.

Entre os seguros para construção e obras mais utilizados, Almeida destaca o de riscos de engenharia, um seguro all risks, que cobre erros de projeto e/ou execução, desde que decorrentes de acidentes súbitos e imprevistos. “Existem várias coberturas auxiliares que complementam o seguro dependendo do tipo de obra, como por exemplo, a cobertura para alojamentos, equipamentos a serem utilizados na obra como gruas e guindastes, despesas extraordinárias para recompor o atraso devido a sinistros e outras mais específicas”, exemplifica. Outra apólice muito procurada é o de responsabilidade civil para obras, instalações e montagens, que visa garantir que os danos causados a terceiros, como vizinhos ou outros empreiteiros, tenham proteção adequada. A cobertura de danos a terceiros decorrentes de serviços de fundação da obra é uma das mais contratadas nesta modalidade.

A opção de contratação por um tipo de seguro depende de alguns fatores, sendo os principais, segundo Almeida, o histórico de sinistros e a análise de exposição dos riscos. Outros motivos que levam os gestores de obra e construtores a procurarem pela proteção de seguros são exigências contratuais do proprietário da obra e a demanda dos agentes financiadores e investidores.

Durante o Sobratema Workshop 2014, Carlos Almeida apresentará o tema Avaliação de riscos e seguros no Canteiro de Obras com Carlos Alberto Marini, gerente de Planejamento e Gestão da Galvão Engenharia.

O evento, cujo tema central é gestão de riscos nas obras – desafios e soluções, contará ainda com a palestra sobre ações para remediar contingências e minimizar os riscos logísticos na construção civil a ser ministrada pelo professor Hélio Flavio Vieira, do Departamento de Engenharia Civil da FURB – Fundação Universidade Regional de Blumenau, a apresentação sobre acidentes e seus impactos na construção civil a ser proferida por Cosmo Palasio Jr., diretor estadual do SINTESP – Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado de São Paulo. Haverá ainda uma palestra sobre riscos ambientais, a ser apresentada por Fernando Kertzman, diretor geral da Geotec Consultoria Ambiental. Ao final, os palestrantes participarão de um debate a ser moderado por Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema.

Dirigido à empresários, gestores, engenheiros, profissionais e especialistas de construtoras, seguradoras, e consultorias de projetos, e representantes técnicos de órgãos governamentais, o Sobratema Workshop 2014 será uma oportunidade ímpar para ampliar o conhecimento na área de gerenciamento de riscos.

Serviço:

Sobratema Workshop 2014

Tema: Gestão de Riscos nas Obras – Desafios e Soluções

Data: 08 de abril de 2014

Horário: 13h00 às 18h30

Local: Centro Brasileiro Britânico – Rua Ferreira de Araújo, 741 – Pinheiros – São Paulo – SP

Inscrições: http://www.sobratemaworkshop.com.br