Publicado em 06 de junho de 2014 por Vanessa da Silva Cristino
Seminário da Sobratema apresenta novos conceitos e tecnologias relacionados às máquinas híbridas
Seminário ainda contou com palestras sobre pós-venda e gestão de equipamentos
Durante a mesa-redonda promovida pela Sobratema, na M&T Peças e Serviços Congresso, sobre máquinas híbridas: conceitos e tecnologia - especialistas das empresas Caterpillar, Komatsu, Liebherr e Volvo apresentaram equipamentos que utilizam este tipo de tecnologia, assim como softwares para gestão e conceitos inovadores para o setor.
Expor e reforçar o conceito de redução do impacto ambiental e de diminuição do consumo de diesel resultantes do uso de equipamentos híbridos no segmento da construção são temas presentes no cenário das empresas. Segundo Carlos Joaquim Stocco Portes, gerente de engenharia de produtos e desenvolvimento de novos produtos na Caterpillar Brasil, as características principais das máquinas híbridas são a presença de tecnologias inovadoras no uso de energia, não presentes nos projetos tradicionais; transforma, coletam, armazenam, e reutilizam energia quando apropriado; e não precisam ser apenas elétricas ou hidráulicas, combinando assim as tecnologias.
Um dos equipamentos apresentados pela Komatsu que utilizam o sistema híbrido, a escavadeira hidráulica HB205-1, explica Vladimir Machado, engenheiro
de aplicação, recupera a energia de frenagem, convertendo a energia de movimento em energia elétrica para carregamento dos capacitores; e, durante a operação de giro, a energia armazenada retorna ao sistema em forma de energia de movimento/torque de giro e também como um suporte a aceleração do motor diesel. "Os equipamentos híbridos da Komatsu trabalham com o conceito de regeneração", disse.
A Liebherr apresentou o Sistema Pactronic - sistema híbrido (hidrostático + acumuladores hidráulicos) em que a energia dos guinchos é armazenada nos dois acumuladores hidráulicos e o acionamento dos guinchos é feito por meio do sistema hidrostático e auxiliado pelos acumuladores hidráulicos. Além disso, o sistema integrado Liebherr de tecnologia avançada, explicou Sergio Kioshi Sassaki, engenheiro de vendas senior, conta com sistema de controle eletrônico e software que resulta em baixo consumo de combustível, controle de movimentos que garante precisão com suavidade e precisão com extremas forças, além de um alto nível de segurança.
De acordo com Massami Murakami, diretor de engenharia de aplicações para a América Latina da Volvo, a empresa conta com tecnologia híbrida, especialmente em ônibus, que contribuem para a redução de 35% do combustível e CO2. "Para o futuro, estamos pensando em desenvolver esta tecnologia para os equipamentos de construção, visando à evolução das regulamentações de emissões; evolução de custos de combustíveis fósseis e garantindo uma maior
tecnologia dos sistemas de potência e controle", afirmou.
Softwares para gestão de equipamentos
Para falar sobre Gestão e Locação de Equipamentos, Marcelo Souccar, diretor dos segmentos de Serviços e Jurídico da TOTVS, apresentou algumas ferramentas para a gestão de ativos, como a presença de um portal online, planta gráfica, controle de reincidência, gestão de atendimento, suíte de distribuição, previsibilidade de estoques, entre outros. "Com a utilização
de softwares, é possível melhorar a organização dos processos, padronizar os relatórios e informações gerenciais, garantir um maior controle de compras do projeto, controle da produtividade, entre outros", afirmou.
Yoshio Kawakami, consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema, apresentou o conceito de Integrated Vehicle Health Management (IVHM) – algo como Gestão Integrada da Saúde do Equipamento, surgido na década de 70 no âmbito da indústria aeroespacial norte-americana.
Segundo o consultor, o conceito precisa migrar para o setor de equipamentos. Nesse novo estágio, além de integrar componentes de diferentes linhas, o equipamento melhora a cada dia, por meio de simulações, testes e métodos de otimização em tempo real que permitam isolar as falhas e impeçam o comprometimento do sistema. "O IVHM amplia o ciclo de vida do produto com saúde, realiza diagnóstico e prognóstico mais precisos e realistas, antecipa à falha e intervenção baseada a degradação real versus estimativas empíricas; e reduz o tempo de intervenção/manutenção", disse.