Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 05 de junho de 2014 por Mecânica de Comunicação

Sondagem da Sobratema aponta atraso em obras como um dos principais problemas da construção

Congresso é promovido paralelamente à M&T Peças e Serviços, feira voltada aos segmentos de pós-venda e gestão de equipamentos, que prossegue até amanhã (6), em S. Paulo

Atraso em obras e falta de mão de obra especializada são os principais problemas relatados por um grupo de 35 empresas do segmento de construção, segundo aponta a sondagem O Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, elaborado pela Sobratema e divulgado nesta quinta-feira (5), em palestra no M&T Peças e Serviços Congresso. Entre as empresas ouvidas, que no conjunto movimentam uma frota de aproximadamente 19 mil equipamentos, 48% responderam que o principal problema atualmente do setor é o atraso em obras, seguido de 30%, que indicaram a falta de mão de obra especializada como maior problema enfrentado pelo setor.

O levantamento indicou ainda que entraves nos licenciamento e na liberação de verba são os principais responsáveis pelos atrasos em obras. “O atraso na liberação de verba é um problema recorrente e que vem se agravando nos últimos anos”, observa Brian Nicholson, economista e consultor responsável pela sondagem. 

A sondagem, feita em nível nacional revelou também que 41% das empresas afirmaram que esperam um volume de negócios melhor ou muito melhor para 2014 em comparação com o ano passado. Já as empresas que acreditam que os negócios serão piores ou muito piores do que 2013 totalizam 33%. Segundo as projeções feitas por Brian, o mercado de máquinas da linha amarela deve apresentar em 2014 um declínio de vendas da ordem de 7%. 

As incertezas apontadas por Brian no nível setorial foram referendas na análise conjuntural feita pelo economista Rubens Sawaya, da PUC de São Paulo. Segundo ele, a situação econômica do País continua apontando para um desaquecimento. “A principal razão para o declínio econômico iniciado a partir de 2011 se deve ao profundo corte feito pelo governo federal nos investimentos públicos destinados a infraestrutura, sobretudo a redução de R$ 50 bilhões no PAC”, observou Sawaya.