Publicado em 13 de novembro de 2014 por Mecânica de Comunicação
Venda de equipamentos para construção deve cair 6% em 2014
Dados foram divulgado no Tendências no Mercado da Construção
A comercialização de equipamentos de construção deve apresentar uma queda em 2014, com uma retração de cerca de 6% em relação a 2013. Serão mais de 67,7 mil máquinas vendidas contra mais de 72 mil unidades comercializadas no ano anterior. A constatação é do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, elaborado pela Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração e divulgado nesta quarta-feira, dia 12 de novembro, em São Paulo.
O Estudo Sobratema contempla equipamentos de movimentação de terra – a chamada “linha amarela” – bem como demais equipamentos tais como gruas, guindastes e plataformas aéreas e ainda uma estimativa dos tratores de roda e caminhões rodoviários demandados pelo setor de construção.
A queda em 2014 é decorrente de alguns fatores, como a desaceleração da economia brasileira, as políticas públicas dos investimentos em infraestrutura e o período eleitoral. A linha amarela sofrerá uma diminuição de 12,7% em suas vendas em 2014 ante 2013, bem como as demais categorias, compostas por gruas, guindastes, compressores portáteis, plataformas aéreas, manipuladores telescópicos e tratores de pneus, que apresentam uma estimativa de retração de 14,8%. Os equipamentos com maior percentual de retração em 2014 em comparação com 2013 são as retroescavadeiras (linha amarela), com uma queda na comercialização de 42,6% em 2014 em comparação com 2013, os guindastes, com 46,3% e as plataformas aéreas, com 24,7%.
No entanto, o Estudo revela que houve resultados positivos, como a alta na venda de rolos compactadores (13,2%), motoniveladoras (8,3%), e pás-carregadeiras (5,2%), além dos caminhões rodoviários demandados pelo setor da construção (6,8%). Esses três últimos equipamentos obtiveram esse crescimento em decorrência, principalmente, das encomendas feitas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário para serem repassadas a municípios pré-designados com até 50 mil habitantes, fora das principais regiões metropolitanas, para uma série de obras, incluindo a recuperação de estradas vicinais.
No caso da importação, o Estudo de Mercado estima que haverá uma retração. De janeiro a setembro deste ano, elas chegaram a cair 27% em relação a igual período de 2013. Os fatores para esse resultado são a desaceleração do mercado interno com a desvalorização cambial e a entrada de alguns desses importadores como fabricantes no território nacional.
Em relação aos setores que utilizam máquinas para a construção, a área de infraestrutura responde pela maior parte dos equipamentos adquiridos em 2014, com 32 mil unidades, seguido ela construção civil, com 25 mil unidades.
Projeções até 2019
O Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção também apresenta projeções para a venda de máquinas até 2019. A partir de 2016, a estimativa é de que o setor tenha uma retomada, dependendo, principalmente, dos investimentos em novas obras, principalmente infraestrutura, bem como o crescimento da construção civil.
No caso da população de máquinas, aquelas com até 10 anos de uso continuarão a crescer com uma taxa entre 6% e 7% ao ano até 2019. Já os equipamentos com até 4 anos de uso, a estimativa é de uma retração até 2016 e uma retomada em 2017.
Abrangendo os principais equipamentos da chamada linha amarela (terraplenagem e compactação), além de gruas, guindastes, compressores portáteis, plataformas aéreas, manipuladores telescópicos, tratores agrícolas e caminhões utilizados por construtoras, o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção é editado desde 2007.
A compilação e análise dos dados conta com as consultorias econômicas do jornalista e economista Brian Nicholson e do professor Rubens Sawaya, da PUC-SP. O estudo de mercado retrata a importância econômica do setor, auxilia na formulação das políticas que facilitam a aquisição de equipamentos modernos e eficientes, e é também um instrumento de planejamento muito útil para as empresas do setor.