Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 11 de junho de 2015 por Mecânica de Comunicação

Mercado de equipamentos para construção dá primeiros sinais de retomada a partir do anúncio das concessões

Estudo de Mercado Sobratema indica forte queda nas vendas nos primeiros meses

O mercado de construção civil é um dos que mais tem sofrido com a atual crise econômica. No caso do segmento de equipamentos para o setor da construção, o volume de vendas nos primeiros cinco meses de 2015 foi 44,3% inferior ao resultado do mesmo mesmo período do ano passado, de acordo com o Estudo de Mercado Sobratema: O Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção – Tendências. A pesquisa foi  apresentada pelo consultor  Brian Nicholson durante o M&T Expo Congresso, realizado em São Paulo. A sondagem ouviu 32 empresas (27 construtoras e sete locadoras). 

Oportunidades para a retomada
 
Para os dirigentes da Sobratema, a recuperação do setor pode estar nas recentes concessões anunciadas pelo governo em obras de infraestrutura. Oportunidade é o que não falta, como mostrou o vice-presidente da entidade, Mario Humberto Marques, que também realizou palestra durante o congresso. Ele analisou os investimentos necessários ou previstos para melhorias em áreas como portos, aeroportos, rodovias, hidrovias, ferrovias, água, energia elétrica, mineração. Porém, frisou que, apesar de ser um imenso universo de oportunidades de negócios, existem entraves como a queda do PIB, alta da inflação e, principalmente, falta de confiança. “Este último é motivado pela falta de transparência das concessões anunciadas de 2012”, citou. 

O lado bom de todo esse cenário um tanto cinzento é que os empresários tendem a ser menos pessimistas do que o cenário real, segundo constatou Brian Nicholson em sua pesquisa. “Isso é importante, pois se a pessoa não for otimista, é melhor mudar de barco”, finalizou. E o quadro revelado pela sondagem é realmente impactante: para 94% dos entrevistados, os resultados de 2015 serão piores ou muito piores na comparação com 2014. Entre os dados negativos apontados, como atraso nas obras e falta de crédito, um dos destaques ficou com o desemprego: 79% das empresas demitiram neste ano, por conta da queda nas vendas.