Com expectativa de retomada dos negócios, M&T Expo 2015 é aberta em SP

A edição de 20 anos da M&T Expo (9ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção e Mineração) foi aberta oficialmente na manhã desta terça-feira (dia 9) no São Paulo Expo Exhibition & Convention.

Com a presença de autoridades, executivos e jornalistas de diversos países, a Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) – promotora do evento – destacou a importância histórica da feira para os fabricantes e o mercado brasileiro em geral, enfatizando seu papel de vitrine de inovações, indutora de negócios e espaço privilegiado para intercâmbio de informações. "Nesta edição, queremos ser irradiadores de boas notícias, como já aconteceu em 2009", disse na abertura o presidente da entidade, Afonso Mamede. "Apesar de persistirem as apreensões, relativas à falta de previsibilidade, insegurança jurídica e custo Brasil, já é possível perceber que o setor vai destravar."

Na mesma linha, Mamede abordou a necessidade de investimentos e de novas obras, citando o pacote de concessões de 198,4 bilhões de reais que o governo divulgou hoje. "Precisamos de ações efetivas como essa, pois é chegada a hora", afirmou. "É inadmissível que a infraestrutura não seja prioridade do país."

Principal espaço para exibição de novas tecnologias no segmento de máquinas e equipamentos móveis na América Latina, o evento ocupa um espaço de 100 mil m² e reúne mais de 400 expositores do Brasil e do exterior, representando cerca de 1.000 marcas reconhecidamente inovadoras. A expectativa é de que o evento represente de 20% a 30% do volume total de negócios do setor no ano, girando aproximadamente R$ 10 bilhões em negócios.

Coletiva – Em coletiva de imprensa realizada antes da cerimônia de abertura, o consultor da Sobratema, Brian Nicholson, mostrou alguns dados referentes ao desempenho do setor em 2015. Em maio, segundo consultor, a expectativa dos principais fabricantes era de uma redução de 36% na demanda de novas máquinas. Segundo ele, o principal entrave continua sendo o atraso em obras, mas há outros fatores que impactam negativamente o setor, como é liberação de verbas e falta de crédito. Apesar do prognóstico negativo, Nicholson destacou que há chances de o mercado melhorar até o final do ano. “Mas há razões para se esperar um resto de ano mais positivo”, disse.  “A situação política se acalmou, assim como o câmbio deu uma estabilizada, sendo que – com as concessões que foram anunciadas hoje – há boas condições para animar o mercado.”

Para o vice-presidente da Sobratema, Eurimilson João Daniel, o momento é de recuperação. “Já estivemos em condições piores, mas o país tem estrutura para se recuperar”, acentuou. “Acima de tudo, confiamos na força da sociedade, pois nunca houve um anseio tão forte por participação, informação e consciência.”

 

Já Mário Humberto Marques, também vice-presidente da Sobratema, destacou como as exportações podem ajudar o setor em um momento de câmbio desvalorizado.  “Mas, para isso, precisamos de linhas de financiamento, que são extremamente necessárias para aproveitarmos a oportunidade”, enfatizou.