Publicado em 24 de março de 2016 por Mecânica de Comunicação
Seleção assertiva de compactadores de afalto contribui para obter um pavimento liso, uniforme e duradouro em obras rodoviárias
Tecnologias e conceitos de compactação de asfalto será tema de painel no evento da Sobratema, no dia 6 de abril, em São Paulo
Um das etapas mais importantes na construção de um pavimento em uma rodovia é a compactação. E, para realizar essa atividade, são usados rolos compactadores para comprimir a massa, reduzindo o número de “vazios” (espaços com ar) no interior da camada asfáltica, deixando a pista de rolamento mais firme, lisa e uniforme. Por esse motivo, os procedimentos e a seleção assertiva desse equipamento influenciam, diretamente, na qualidade, segurança, conforto e durabilidade da obra rodoviária.
Para Paulo Roese, representante da Caterpillar para o mercado de pavimentação, a compactação deve começar imediatamente após a vibroacabadora, uma vez que quando ocorre o esfriamento do asfalto, não é possível atingir o nível de densidade para que o pavimento possa suportar a carga dos veículos. “A primeira fase de compactação (inicial) é o primeiro passo para se conseguir a maioria dessa densidade na camada pavimentada”, explica.
Nessa fase, são utilizados comumente compactadores vibratórios duplo tandem e, também, são vistos compactadores de pneus. “Quando o rolo tandem é utilizado, é necessário seguir os padrões de rolagem de acordo com a largura da faixa e se já existe outra faixa compactada lateralmente”, avalia Roese.
Para a segunda fase (intermediária), cujo objetivo é criar a densidade final na camada de pavimentação e iniciar o processo de remoção das marcas deixadas pelo equipamento usados na fase inicial, os compactadores de pneus são opções mais comuns, além de rolos tandem em modo estático. “Os rolos de pneus têm elevada carga estática e, ao mesmo tempo, não têm força de impacto que poderia danificar os agregados e, assim, a qualidade do trabalho”, analisa Roese. No entanto, se o usuário preferir usar o rolo vibratório nesta fase alguns cuidados precisam ser tomados. “É muito importante considerar a velocidade de compactação de acordo com o ajuste de amplitude e de frequência da máquina, recomendando-se manter 46 impactos por metro”, acrescenta. Por fim, a fase final (acabamento) tem o objetivo de remover qualquer marca de paradas do rolo ou marcas dos pneus, podendo haver pequenos ganhos de densidade.
Roese, que será um dos palestrantes do segundo painel sobre tecnologias para compactação de asfalto do Sobratema Workshop, conta ainda que quatro forças são usadas para extrair os vazios de ar e criar suporte nas camadas de asfalto: carga estática, impacto, manipulação e vibração “Os compactadores estáticos tem como característica principal realizar a compactação através do seu próprio peso. Os vibratórios duplo tandem têm a capacidade de vibrar aumentando o poder de compactação. Os de pneus tem a flexibilidade de aumentar ou reduzir a pressão no solo através de remoção e/ou adicao de lastros, bem como alteração de insuflação de ar dos pneus. E, os combinados, são alternativas para alguns trabalhos onde se pode aglutinar os benefícios do compactador vibratório com o compactador de pneus”.
Além da Caterpillar, o painel terá a participação de especialistas da Ciber Equipamentos Rodoviários (Grupo Wirtgen) e da Volvo Construction Equipment. No primeiro painel sobre compactação de solo estarão presentes especialistas da Atlas Copco, Bomag Marini, do Grupo Ammann e da XCMG Brasil. O Sobratema Workshop será realizado no dia 6 de abril, em São Paulo.