O desafio do grupo Automec ao entrar para o mercado de equipamentos para construção e assumir como representante da marca inglesa JCB para o estado de São Paulo em maio de 2016 não foi dos mais fáceis. Era preciso traçar um plano agressivo para reaproximação dos antigos clientes, recuperar a confiança na marca, e ainda crescer num momento de economia extremamente difícil e repleto de incertezas políticas.
Mas a complexidade da situação não abalou confiança do fabricante, com unidade fabril em Sorocabadesde 2009, reconhecido como líder mundial do mercado de retroescavadeiras, e nem tirou a determinação do grupo Automec, que vem de um histórico de sucesso de 60 anos no segmento automotivo, é hoje o maior grupo da marca Chevrolet do interior do estado de São Paulo, e optou por apostar alto em um novo mercado, porém com afinidades com o original.
“Nós entramos no contra fluxo, diz Rafael Peres, diretor de vendas e marketing do Grupo Automec. Investimos cerca de R$ 8 milhões iniciais nesse projeto. Temos ciência de que entramos no mercado de equipamentos para construção num momento extremamente controverso. Mas também temos plena certeza do potencial do negócio, da qualidade dos produtos e da força da JCB. O país não pode, não deve e não vai ficar com sua infraestrutura estagnada para sempre. Os sinais ainda são tímidos mas estão aparecendo, e estamos evoluindo bem , apesar de tudo e do tamanho do nosso desafio.”
No olho do furacão
Começar praticamente do zero no estado que impulsiona a economia do país, sem cometer os erros do representante anterior e aprender com as experiências que deram certo. Esse era o sentimento da equipe que assumiu a Automec/JCB em 2016. Com apoio total da fábrica JCB, o primeiro passo foi montar a equipe exclusiva e criar a estrutura para delinear o novo projeto. O grupo mesclou então algumas pessoas chave que haviam trabalhado no antigo dealerque já conheciam bem os produtos, o potencial do mercado e os clientes , com destaques vindos de concorrentes do seguimento,. Em paralelo às negociações com o fabricante, treinamentos, e descobertas de novas afinidades, criou-se então a estrutura física: uma sede em Barueri com 8 mil m2 e frente para a Marginal da Castelo sentido Capital, e um pátio em Sorocaba com mais de 15 mil m2, com estoque completo de peças, componentes e máquinas, treinamento de equipe técnica, oficinas móveis, frota própria para atendimento e área comercial, entre outros.
Edson Greggio, gerente geral foi um dos profissionais “convocados” para o novo desafio. “Ainda estamos fazendo ajustes e expandindo a equipe, diz ele. Mas o mais importante é que conseguimos implantar uma cultura de equipe e mantemos o nosso pessoal motivado. Outra característica que trouxemos para a Automec/JCB é a sistemática de ouvir o cliente em todos os aspectos da gestão, em todos os setores. Havia um buraco que precisávamos sanear e os resultados já apareceram.”.
Pós venda e salto em novos clientes
A área de pós venda e de peças é para o setor de equipamentos para construção um dos pontos considerados “nevrálgicos“. Tanto é capaz de alavancar o negócio de forma espetacular, como destruí-lo de forma retumbante.
Chamado a responder pela área de pós-venda peças e serviços, Alexandre Gomes, com longa experiência na área e que por mais de seis anos foi responsável pelo setor no antigo representante JCB em São Paulo, agora responde pelo setor na Automec/JCB.Desde outubro, quando assumiu a gerência, ,até dezembro, já registraram um aumento significativo no número de clientes.
“Os primeiros resultados são animadores, resultado de trabalho de equipe que envolveu também a área de serviços e marketing. Mas investir no atendimento, em soluções e tecnologias aplicadas ao suporte ao cliente é e continuará a ser ser prioridade. Estamos totalmente focados na qualificação continuada dos técnicos, na equiparação do ferramental, em preparar as equipes para atender no campo com cada vez mais toda agilidade”, ressalta Gomes.
Hoje, quando um chamado chega na Automec /JCB um consultor faz um diagnóstico breve e identifica o possível problema do equipamento. Dessa maneira, o técnico chega ao local informado sobre o que acontece e quais procedimentos serão tomados. “Todos os técnicos de campo dispõem de manômetros que medem a pressão do sistema hidráulico, e ferramentas de diagnóstico, com softwares de serviço utilizados via notebook para se obter configurações e leituras do computador de bordo dos equipamentos e baixar código de falhas. Em todas as revisões são puxados os relatórios dos equipamentos”, explica o gerente de pós-venda.
Futuro
A projeção da Automec/JCB é crescer em torno de 10% em 2017, com relação a 2016.
´”Se olharmos os números como um todo, ainda preocupam todo o segmento. Mas o fato é que todo o mercado aponta para uma retomada gradual urgente e imprescindível, dizo diretor de vendas e marketing do grupo Rafael Peres.Em 2016 tivemos na JCB o lançamento de uma máquina importante, a 3CX, que foi muito bem recebida e nos ajudou no nosso posicionamento como revenda. Em 2017,o plano é abrir uma nova filial, na região noroeste do estado, localização estratégica, e aumentar a área de cobertura no interior do São Paulo.
A implementação da linha compacta, e lançamento de até dois novos modelos fazem parte dos planos da fábrica JCB e da JCB /Automec. Eventos com clientes, eventos regionais e comerciais, como a M&T Peças e Serviços e a Agrishow já estão na agenda de atividades de 2017.
