Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 08 de junho de 2017 por Mecânica de Comunicação

Uso do BIM também contribui para maior transparência na construção civil

O BIM (Building Information Modeling), ou Modelagem de Informações da Construção, vem revolucionando a forma como são pensados e concebidos os projetos arquitetônicos da atualidade. A utilização da arquitetura digital prevê a criação de espaços que privilegiam o acolhimento do público, maior luminosidade natural de espaços internos e aproveitamento de fatores geográficos, políticos e sociais na concretização de novos projetos arquitetônicos. Esse foi o recado principal dos palestrantes do seminário Arquitetura Contemporânea e Sustentável, no Sobratema Summit 2017, durante a Semana das Tecnologias Integradas para Construção, Meio Ambiente e Equipamentos, que está sendo realizada no São Paulo Expo.

 

Planejar, levando em conta as necessidades dos diversos atores do cenário social, é algo que pode resultar em projetos customizados, que encantam pelo design original, sustentável, lucrativo no cenário de economia criativa e, sobretudo, possam reforçar a transparência, ao criar indicadores objetivos capazes de regular a relação entre agentes públicos e privados. “À medida que tivermos projetos mais bem desenvolvidos, com envolvimento de toda a cadeia produtiva, e previsão de custos bem definida, impede-se atos ilícitos, comuns em cenários em que os processos estão soltos e sem metodologias de controle”, avalia Eduardo Sampaio Nardelli, coordenador de Educação Continuada da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

 

Nardelli, que coordenou o Seminário, vê como positiva a criação por parte do governo brasileiro do Comitê Estratégico de Implementação do Building Information Modeling (CE-BIM), por meio de decreto presidencial, datado de 05 de junho passado. “O comitê precisa identificar os atores envolvidos no processo e rever a legislação que trata da contratação de projetos e obras, porque as regras atuais são extremamente ruins. Daí, definir como tais agentes poderão migrar para essa nova sistemática de contratação de serviços”, conclui.

 

O CE-BIM será composto por um membro titular e um suplente do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que o presidirá, da Casa Civil, do Ministério da Defesa, dos Ministérios do Planejamento, Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, das Cidades e da Secretária-geral da Presidência da República.