Publicado em 08 de junho de 2017 por Mecânica de Comunicação
O engenheiro e editor da revista Concrete Construction, Bill Palmer, apresentou, em palestra no Sobratema Summit 2017, durante a Semana das Tecnologias Integradas para Construção, Meio Ambiente e Equipamentos, que é realizada até amanhã (9), no São Paulo Expo, os mais recentes materiais e técnicas de construção em concreto nos Estados Unidos e no mundo. Nesse sentido, o concreto auto adensável ocupa o primeiro lugar em utilização pela indústria norte-americana, uma vez que dispensa a técnica vibratória e evita a segregação do material; em seguida, aparece o concreto reforçado por fibras tipo micro, macro e as de aço, as últimas usadas largamente também em países da Europa.
Já para a construção de pisos e lajes, a principal novidade são medidores eletrônicos de umidade do concreto. Tais equipamentos, alguns dotados de tecnologias wireless, garantem, com precisão, o ponto do concreto, evitando problemas durante a execução da obra e futuras patologias. Não é apenas dentro do canteiro de obras que a tecnologia avança. Nos Estados Unidos começa o uso de estratégias de telemática para o monitoramento de caminhões que saem de fábricas de concreto e vão até o local da obra. “Com esse sistema, é possível escolher a melhor rota e prever em quanto tempo o material é deslocado, economizando tempo e dinheiro”, conclui Palmer.
Quem também participou do debate foi Rick Yelton, engenheiro e assessor do World of Concrete. Segundo Rick, o que vem pautando a produção do concreto nos últimos anos é a questão da sustentabilidade. É pensando nesse aspecto que fábricas norte-americanas inventaram um tipo de concreto que leva CO2 em sua formulação; dessa maneira, o gás carbônico que sairia pelas chaminés para alcançar a atmosfera é coletado e introduzido na mistura do concreto, o que resulta na economia de 5% de cimento. Outra questão de sustentabilidade é o recurso da cura interna do concreto; com essa técnica são introduzidos materiais semelhantes a esponjas no concreto, que soltam água aos poucos. “A técnica é ecológica, pois faz com que a água seja usada de maneira mais eficiente, economizando esse recurso precioso”, afirma Yelton.
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