Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 09 de junho de 2017 por Mecânica de Comunicação

Sobratema Summit 2017: Gestão planejada é garantia de eficiência em tratamento de esgoto

 O seminário Controle Operacional de ETEs (Estação de Tratamento de Efluentes) e Monitoramento Ambiental trouxe para os participantes do Sobratema Summit, durante a Semana das Tecnologias Integradas para Construção, Meio Ambiente e Equipamentos, um estudo de caso referente a uma fábrica de produtos têxteis. “A implantação de uma ETE exige a articulação de diversas áreas de estudos, como química, microbiologia e engenharia, mas nesse caso, como na maioria que tive conhecimento, o grande problema é a falta de gestão”, aponta João Carlos Rosa, engenheiro especialista em High Performance de ETEs. O caso apresentado da indústria têxtil era grave, pois a empresa não possuía laboratórios para testes de toxicidade.

Além disso, os funcionários não tinham manuais adequados para a operação das máquinas da ETE e a manutenção do equipamento era feita apenas como medidas corretivas, ou seja, sem o intuito de prevenção de problemas. Para corrigir os pontos fracos, a estratégia foi estabelecer um objetivo de eficiência que, nesse caso, procurou atingir níveis de tratamento de efluentes previstos na legislação brasileira. Uma vez estabelecido o objetivo, o próximo passo foi o treinamento da equipe. “Essa fase é delicada, pois exige que os funcionários estejam atentos. Como em muitos casos, esse treinamento acontece depois do expediente, é muito importante que a equipe esteja motivada”.

Em relação às técnicas e equipamentos utilizados nas ETEs, segundo Rosa, o ideal é que sejam usados reatores e tanques de tratamento que exijam menos produtos químicos, menos mão-de-obra, produzam menos lodo e que possibilitem a utilização do biogás gerado durante o processo de tratamento na produção de energia.

Mesmo com o equipamento certo, a logística não deixa de ser importante. “Como a eliminação final de lodo é demorada, cerca de um ano para tratamento aeróbico e dois anos para tratamento anaeróbio, é importante que seja escoado aos poucos, objetivando uma disposição zero de lodo nos tanques”, conclui o engenheiro.