Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 27 de abril de 2017

Tem Sustentável - Dumpers – Os primeiros a entrar num canteiro e os últimos a saírem

Dumpers – Os primeiros a entrar num canteiro e os últimos a saírem

Modelos de dumpers articulados e de chassi rígido diferem quanto ao sistema de direção e às aplicações

A construção civil é um dos setores em que mais são implementadas inovações em termos de equipamentos, máquinas e acessórios. Um destes exemplos são os versáteis caminhões dumpers. O diferencial deste tipo de equipamento em relação a outros caminhões é a abertura total na lateral e a carga normalmente à frente do operador.

Dentro do próprio universo dos dumpers, existem os equipamentos articulados e os de chassi rígido. O que os difere, com maior proporção, é o sistema de direção. Os articulados têm sua direção pela articulação do chassi no entre-eixos, enquanto a direção dos dumpers de chassi rígido se faz pelo esterçamento das rodas nos eixos, geralmente no eixo traseiro, semelhante a uma empilhadeira inclusive.

Os modelos articulados possuem um chassi dividido em duas partes, com movimentos laterais acionados por pistões hidráulicos, permitindo manobras num espaço reduzido. Eles obrigatoriamente trabalham com sistema de transmissão hidrostática ou powershift com conversor de torque.

Já os modelos rígidos contam com eixo rígido na dianteira e balança flutuante na dianteira, permitindo maior absorção de irregularidades do solo. Podem ter transmissão mecânica ou hidrostática, 4×2 ou 4×4. Elas são menos robustas e possuem custo inferior ao modelo articulado, em geral.

As aplicações dos dumpers

DumpersPaulo Oscar Auler Neto, da Sobratema

“Os dumpers maiores e de chassi articulado têm um nicho de mercado mais específico em obras de médio e grande porte, já os de chassi rígido podem ser encontrados em qualquer tipo de obras. As suas aplicações são as mais variáveis possíveis, passando pelo transporte de solo, brita, areia e também escombros”, afirma Paulo Oscar Auler Neto, vice-presidente da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração).

O equipamento na construção civil é uma espécie de evolução da carriola, dadas as devidas proporções. É aplicado principalmente em obras horizontais com longas distâncias a serem percorridas, carregando desde material desagregado, como areia e brita, a material de acabamento interno, como cerâmica e porcelana. Em canteiros de obras, o dumper é visto como o primeiro equipamento a entrar e o último a sair. É muito utilizado na fase de limpeza, para carga e descarga de entulho em caçambas.

Em obras de médio porte, o modelo rígido é mais comumente aplicado pela economia de combustível, baixo custo e agilidade. Costumam ser mais utilizados na agricultura e na construção civil. Já em obras de grande porte, o modelo articulado, geralmente, possui melhor aplicabilidade pela robustez e capacidade de carga. São melhores aplicados em terrenos acidentados com aclives e declives ou ainda em espaço confinado, como na mineração ou na indústria pesada.

“Os dumpers entram numa obra principalmente como uma alternativa técnica para substituir os impactos da mão de obra. Em processos normais, esta movimentação é feita de forma manual ou por carrinho de mão. O uso dos equipamentos aumenta a produtividade, reduz custos e diminui acidentes/incidentes com mão de obra”, relata Auler Neto. Estes equipamentos não eliminam etapas do processo, mas as executam de forma otimizada.

Em construções que exigem um centro de usinagem de concreto, um só dumper com capacidade de 1 m³ consegue executar o trabalho de 26 homens com carriola de 40 L. É similar também a três mini carregadeiras com caçamba de 0,3 m³, consumindo oito vezes menos combustível. A utilização deles impacta diretamente na eficiência dos trabalhos, com maior produtividade, mais segurança e menores custos.

“A utilização no Brasil ainda é pequena se comparada a outros mercados, considerando que é um equipamento conhecido há muitos anos. A tendência é que sua utilização aumente ano a ano, principalmente pelo fato de que os empresários buscam soluções técnicas que possam diminuir os impactos da mão de obra, como salários e causas trabalhistas e aumentar a segurança, com menor índice de acidentes”, encerra Auler Neto.

No mercado nacional, ainda é comum, designar às retroescavadeiras num canteiro de obras a execução de todo o trabalho mecanizado. Em muitos casos, uma mini carregadeira, aliada a um dumper, poderiam realizar o mesmo trabalho, com menores custos e em menor tempo.

DumpersEduardo Makimoto, da AESA

A Aesa Empilhadeiras é uma distribuidora da marca AUSA no Brasil desde 2014, uma das maiores fabricantes de dumpers do mundo. E a empresa se vangloria de seus equipamentos, principalmente em termos sustentáveis. “Os dumpers AUSA, com até 1,75 t de capacidade, trabalham com motor Hatz Diesel, considerado o melhor mono-cilindro mundialmente. Ele consome apenas 2,19 L/h contra 11,5 L/h de uma retroescavadeira, além de transitar por locais com baixo pé direito e espaços confinados”, lembra Eduardo Makimoto, diretor da Aesa Empilhadeiras. 

 Dentre os modelos AUSA, existe um de maior destaque sustentável. “O modelo D150RM tem capacidade para 1,5 t e 1 m³, motor monocilindro de baixíssimo consumo e alta confiabilidade, aliado à uma transmissão mecânica de 4 velocidades à frente e 4 à ré, direção hidráulica e assento com suspensão. É nada mais nada menos que o dumper mais vendido no mundo e com custo inferior aos modelos nacionais”, complementa Makimoto.