Publicado em 28 de fevereiro de 2019 por Mecânica de Comunicação
A destinação dos resíduos sólidos urbanos (RSU) coletados no Brasil não registrou avanços em 2017, segundo dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, da ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). Isso significa que 59,1% do coletado (42,3 milhões de toneladas) foram dispostos por 2.218 municípios em aterros sanitários, enquanto o restante foi despejado em locais inadequados. Foram mais de 29 milhões de toneladas de RSU (40,9%) depositados por 3.352 municípios brasileiros em lixões ou aterros controlados.
Segundo o engenheiro mecânico Egberto Campos, consultor na área de equipamentos para aterros sanitários, os lixões são extremamente prejudiciais ao meio ambiente, em especial ao solo, por não possuir nenhum tipo de sistema que garanta sua proteção contra danos, contaminações e degradações, o que pode acarretar em problemas à saúde das pessoas. “Os aterros sanitários são a principal solução de tratamento e disposição final de resíduos no Brasil, uma vez que o ambiente é altamente controlado e monitorado, seguindo processos rígidos e aplicando sistemas e tecnologias para evitar qualquer tipo de dano ao meio ambiente, além de haver uma forte fiscalização por diversos órgãos oficiais”, explica.
Campos acrescenta ainda que os aterros sanitários demandam um investimento robusto para sua implantação e manutenção, além de possuir licenças ambientais para seu funcionamento. Entre os principais equipamentos usados para a construção e manutenção dos aterros estão: tratores de esteiras, escavadeiras, rolos compactadores e pá carregadeiras, além dos caminhões de apoio, caminhões de transporte e oficinas mecânicas.
Para mostrar essas soluções, as empresas do setor vão participar da BW Expo e Summit – 3ª Biosphere World, único evento multidisciplinar do mercado direcionado exclusivamente às tecnologias voltadas à sustentabilidade do meio ambiente, marcado para 2020. Outras tecnologias utilizadas em aterros sanitários são sistemas de drenagem, sistemas de impermeabilização, soluções de monitoramento do lençol freático, equipamentos destinados a operar resíduos sólidos, máquinas para a estação de tratamento de chorume, soluções de controle de odor e sanitarização de ambiente, que possibilitam obter mais eficiência, qualidade, gestão e sustentabilidade ambiental. Há ainda tecnologias para geração de energia limpa, a partir do gás metano, que é liberado em aterros sanitários pela decomposição de alguns tipos de matéria orgânica.
A geração total de resíduos sólidos urbanos no Brasil alcançou 78,4 milhões de toneladas em 2017, o que significa uma alta de 1% em relação a 2016. Já o montante coletado foi de 71,6 milhões de toneladas, o que representa um índice de cobertura de coleta de 91,2% para o país, de acordo com o Panorama da ABRELPE.
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