Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 14 de março de 2019

Melhores indústrias - Mulheres mostram força no mercado de trabalho de máquinas pesadas

Mulheres mostram força no mercado de trabalho de máquinas pesadas

14 de março de 2019

Mulheres mostram força no mercado de trabalho de máquinas pesadas – EaeMáquinas

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, quatro milhões de mulheres entraram no mercado de trabalho nos últimos quatro anos. Na construção civil, por exemplo, mesmo que timidamente, a participação de mulheres cresceu em 65%, de 2002 a 2012, de acordo com o Ministério do Trabalho e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). A porcentagem se aplica, inclusive, ao mundo das máquinas pesadas, no qual a força da representatividade feminina tem sido fundamental para quebrar os estereótipos de gênero que estão tão imbricados na nossa sociedade.

Quem sabe bem disso é a sócia da Trakmaq – distribuidor das escavadeiras Link-Belt no Vale do Paraíba (SP) –, Eloá Garcia de S. Cazzolato. Responsável pelos setores administrativo e financeiro da empresa, ela começou a trabalhar neste mercado aos 17 anos, mas desde criança já conhecia o setor de equipamentos pesados, por ser o ramo de negócio da família. “A minha percepção é de que a participação de mulheres neste ramo é muito importante. Geralmente somos mais detalhistas e organizadas. Percebo que, por isso, a maioria de nossos clientes gostam de ter uma mulher auxiliando”, diz.

Outra figura que também tem mostrado a que veio é a coordenadora de Marketing América Latina da Link-Belt, Lúcia Guariglia. Atuando neste setor desde 2008, ela conta que nada a deixa mais realizada do que calçar suas botinas e ir à campo apertar a mão de um novo cliente. Para Lúcia, a presença de mulheres dentro do universo das escavadeiras significa força e conquista. “Tudo faz parte de uma evolução e conquista das mulheres em diversos setores, mas este, em específico, é de se ter muito orgulho. Especialmente por mulheres que vemos operando equipamentos ou comandando obras por aí”, diz. Lúcia destaca que, na própria Link-Belt, o time feminino representa mais de 30% dos colaboradores, estando à frente de departamentos como Recursos Humanos, Comércio Exterior, Vendas Internas, Marketing e Financeiro.

Quem concorda com a visão de que as mulheres estão avançando neste mercado é a diretora Comercial e de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), Arlete Vieira, que atua na entidade desde 2001. A executiva destaca que o número de profissionais mulheres no segmento vem crescendo a cada dia. “O principal diferencial da presença de mulheres no setor é que elas são muito mais cuidadosas ao, por exemplo, manusear os equipamentos”, acrescenta. Quanto aos desafios encontrados no caminho, ela destaca que nem sempre uma mulher é ouvida em uma mesa repleta de homens, durante uma reunião de um projeto a ser implementado. “Por isso, é importante trabalhar fortemente para se conquistar um espaço e, dessa maneira, tentar se impor”, finaliza.

Você pode conferir os depoimentos completos das mulheres no mercado de equipamentos pesados no site:

http://juntassomosgigantes.com.br