Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, quatro milhões de mulheres entraram no mercado de trabalho nos últimos quatro anos. Na construção civil, por exemplo, mesmo que timidamente, a participação de mulheres cresceu em 65%, de 2002 a 2012, de acordo com o Ministério do Trabalho e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). A porcentagem se aplica, inclusive, ao mundo das máquinas pesadas, no qual a força da representatividade feminina tem sido fundamental para quebrar os estereótipos de gênero que estão tão imbricados na nossa sociedade.
Quem sabe bem disso é a sócia da Trakmaq – distribuidor das escavadeiras Link-Belt no Vale do Paraíba (SP) –, Eloá Garcia de S. Cazzolato. Responsável pelos setores administrativo e financeiro da empresa, ela começou a trabalhar neste mercado aos 17 anos, mas desde criança já conhecia o setor de equipamentos pesados, por ser o ramo de negócio da família. “A minha percepção é de que a participação de mulheres neste ramo é muito importante. Geralmente somos mais detalhistas e organizadas. Percebo que, por isso, a maioria de nossos clientes gostam de ter uma mulher auxiliando”, diz.
Outra figura que também tem mostrado a que veio é a coordenadora de Marketing América Latina da Link-Belt, Lúcia Guariglia. Atuando neste setor desde 2008, ela conta que nada a deixa mais realizada do que calçar suas botinas e ir à campo apertar a mão de um novo cliente. Para Lúcia, a presença de mulheres dentro do universo das escavadeiras significa força e conquista. “Tudo faz parte de uma evolução e conquista das mulheres em diversos setores, mas este, em específico, é de se ter muito orgulho. Especialmente por mulheres que vemos operando equipamentos ou comandando obras por aí”, diz. Lúcia destaca que, na própria Link-Belt, o time feminino representa mais de 30% dos colaboradores, estando à frente de departamentos como Recursos Humanos, Comércio Exterior, Vendas Internas, Marketing e Financeiro.
Quem concorda com a visão de que as mulheres estão avançando neste mercado é a diretora Comercial e de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), Arlete Vieira, que atua na entidade desde 2001. A executiva destaca que o número de profissionais mulheres no segmento vem crescendo a cada dia. “O principal diferencial da presença de mulheres no setor é que elas são muito mais cuidadosas ao, por exemplo, manusear os equipamentos”, acrescenta. Quanto aos desafios encontrados no caminho, ela destaca que nem sempre uma mulher é ouvida em uma mesa repleta de homens, durante uma reunião de um projeto a ser implementado. “Por isso, é importante trabalhar fortemente para se conquistar um espaço e, dessa maneira, tentar se impor”, finaliza.
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