Publicado em 11 de maio de 2020 por Mecânica de Comunicação
Com o objetivo de debater sobre o papel das novas tecnologias e inovações no atual momento e no futuro pós-Covid, a Smart.Con realizou na semana passada um evento com o tema “Como soluções tecnológicas podem auxiliar a Indústria da Construção em tempos de Coronavírus”, com a participação de importantes players da indústria da construção.
Entre os participantes estavam Thomas Diepenbruck, superintendente técnico de Engenharia e Inovação da HTB; Francisco de Souza Neto, gerente corporativo de Gestão de Equipamentos da Queiroz Galvão, José Antonio de Miranda, presidente, Sindicato das Empresas Locadoras de Equipamentos, Máquinas Ferramentas e Serviços de Minas Gerais (Sindileq-MG) e diretor tesoureiro da Associação Nacional dos Sindicatos e Representantes de Locadores de Máquinas, Equipamentos e Ferramentas (Analoc), Eduardo Nardelli, vice-presidente de Arquitetura e Urbanismo do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), e, André Medina, gerente de inovação da Andrade Gutierrez.
De acordo com Afonso Mamede, presidente da Sobratema, o setor da construção vem passando por transformações, buscando maior produtividade e competitividade na adoção de novos processos construtivos e de novos materiais.
“A tecnologia foi, é e sempre será o carro chefe dessas transformações e a pandemia provocada pela Covid-19 veio acelerar novas concepções de projetos e tecnologias”, diz Mamede.
Eduardo Nardelli, vice-presidente de Arquitetura e Urbanismo do Sinaenco iniciou os debates abordando sobre o cenário, que mesmo antes do Coronavírus já vinha sendo transformado para o digital.
“A transição para o mundo digital é inexorável, quem não passar por essa mudança e não for capaz de fazer as transformações de seus processos e expertises tende a desaparecer”, diz.
Para o especialista, a tendência de incorporar tecnologias que nesse período de pandemia está acentuada, acontecerá tanto no âmbito particular quanto no profissional, e para isso será necessário investimento em ferramentas de comunicação, de projetos no caso de arquitetos e engenheiros, que permitam trabalhar colaborativa e a distância.
“Isso pode demandar investimentos significativos, pois, se forem trabalhar com BIM compartilhando o mesmo modelo entre vários profissionais a distância, teremos que trabalhar com VPNs (Rede Privada Virtual – Virtual Private Network, ou seja, redes que suportam tráfegos de dados”, complementa Nardelli.
Thomas Diepenbruck, superintendente técnico de Engenharia e Inovação da HTB falou a respeito de inovações e processos internos capazes de atender a demanda das obras.
Em especial nesse momento, afirma, é preciso verificar o que precisa ser feito em especial em relação à gestão dos dados.
“Hoje mais do que trazer sobre tecnologia sobre modelagem, BIM, ou novas tecnologias construtivas, é preciso focar em alguns pontos principais como a industrialização, como ter menos mão de obra no canteiro, e menos exposição dos trabalhadores sem necessidade”, afirma Diepenbruck.
Para o especialista, o mais importante é integração de todos os sistemas que facilitam a gestão corporativa dos empreendimentos, integrando o acesso a informações para o corpo técnico”, diz.
Caminhando nessa linha, André Medina, gerente de inovação da Andrade Gutierrez, falou sobre a importância dos dados e como utilizá-los de forma assertiva, além do uso da tecnologia para centralizar as informações e manter no canteiro de obras os trabalhadores que devem realmente estar presentes.
“As tecnologias nos ajudam a centralizar as informações e manter o trabalho mais produtivo, levando a gestão remota cada vez mais para dentro da empresa, permitindo uma foco maior nos resultados”, comenta Medina.
Tecnologia
Segundo Francisco de Souza Neto, gerente corporativo de Gestão de Equipamentos da Queiroz Galvão, muito se fala em desenvolvimento de tecnologias, mas, muitas vezes a inovação tecnológica nada mais é do que a mudança de um processo.
“Neste período de pandemia, percebemos que a tecnologia que já utilizávamos ganha uma importância adicional”, afirma.
Por exemplo, explica o executivo, a aplicação de tecnologias que reduzem a necessidade de pessoas fisicamente no canteiro de obras já era utilizada pela empresa, como levantamento topográfico através de drones que, além de garantir a segurança do trabalhador, capta dados mais precisos
“Com os drones é possível fazer um levantamento topográfico específico”, diz.
Já José Antonio de Miranda, presidente do Sindileq-MG, afirma que o setor de locação não é gerador de tecnologia, mas, gerencia a tecnologia, sendo responsável por fazer a ponte entre a fabricante e o mercado.
“O mercado de locação auxilia na absorção das tecnologias. A construtora tem através das locadoras máquinas de qualidade tão boas quantas aquelas que são de propriedade da empresa, sendo assim, começam a ter um maior poder de penetração no mercado, com potencial para disputar espaço”, comenta.
Smart.Con
O evento promovido pela Messe München do Brasil, em parceria com a Sobratema, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde, do Governo do Estado de São Paulo e Município de São Paulo sobre as medidas necessárias à contenção da Covid-19, decidiu postergar a realização da Smart.Con, prevista originalmente para acontecer entre os dias 17 e 18 de junho, em São Paulo.
“Estamos estudando a melhor data para a realização do evento, mas, seguimos normalmente com os webinars planejados, sendo esse primeiro oportuno, com um tema atual para o momento que estamos vivendo, com destaque para soluções tecnológicas que podem auxiliar na indústria da construção em tempos de Coronavírus e pós-Coronavírus”, afirma Rolf Pickert, Managing Director Messe Messe München do Brasil.
Fonte: Revista M&T
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