Publicado em 15 de dezembro de 2020 por Mecânica de Comunicação
As perspectivas da construção na América Latina foram tema de webinar internacional realizado na semana passada pela casa editorial KHL.
No evento virtual, o diretor de relações institucionais da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração), Carlos Alberto Laurito, ressaltou como o setor brasileiro de construção, mesmo com a situação adversa provocada pela pandemia, obteve bons resultados no ano, dadas as circunstâncias.
“O setor da construção no Brasil manteve suas atividades durante a pandemia da covid-19, tanto a construção civil (edificações) quanto a construção pesada (infraestrutura)”, apontou.
“Um destaque em especial tem sido o setor imobiliário, que continua em plena expansão no país com lançamentos e obras em execução, ou seja, um mercado aquecido e estimulado pelos juros baixos”, complementou Laurito.
Segundo o diretor da Sobratema, as obras de infraestrutura se mantiveram ativas nos mais diversos modais no Brasil, com prioridade para as obras paralisadas, com destaque para o Programa de Parcerias de Investimentos (PPIs), que garantiu a continuidade dos investimentos durante a crise sanitária.
“Para 2021, as perspectivas são positivas, em especial com os leilões que serão realizados e o otimismo gerado no mercado pelas ações de aprimoramento nos marcos regulatórios”, acentuou.
Ainda durante o evento, a economista da consultoria GlobalData, Dariana Tani, traçou um panorama do setor de construção na América Latina. Segundo ela, houve uma forte queda na região em 2020, com perspectivas limitadas de recuperação para o próximo ano.
“Espera-se que a produção na construção tenha uma redução maior na Argentina, seguida por Colômbia, Peru, México e Chile”, apontou.
Para 2021, comentou a economista, espera-se que a construção se recupere lentamente, com projeção de avanço em torno de 0,7%, com Chile e Peru obtendo os melhores desempenhos.
Já Fred Vieira, diretor de negócios internacionais da AEM (Association of Equipment Manufacturers), sublinhou que a América Latina seguirá como um mercado de grande importância para a indústria de máquinas nos próximos meses, com participação mais ativa de marcas já presentes na região, contrastando com uma menor presença de novas empresas.
“O próximo ano será de muita precaução na região”, frisou. “Além de que será preciso muita atenção nas políticas internacionais”, frisou.
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