Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 18 de agosto de 2021

Massa Cinzenta - Venda de equipamentos para construção está sustentável desde 2018

Venda de equipamentos para construção está sustentável desde 2018

Estudo divulgado pela Sobratema estima crescimento entre 25% e 30% em 2021, na comparação com 2020

18 de agosto de 2021


Máquinas para movimentação de terra e minério, que compõem a linha amarela, devem fechar 2021 com faturamento de 14 bilhões de reais Crédito: Caterpillar

Máquinas para movimentação de terra e minério, que compõem a linha amarela, devem fechar 2021 com faturamento de 14 bilhões de reais
Crédito: Caterpillar

mercado de máquinas para a construção civil passa por um regime de crescimento sustentável desde 2018. É o que revela recente estudo divulgado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema). Para confirmar a tendência, em 2021 o setor estima que as vendas crescerão entre 25% e 30% na comparação com 2020 – ano em que, apesar da pandemia de COVID-19, também foi registrada alta nos negócios em relação a 2019.  

Só a linha amarela, como são conhecidos os equipamentos para movimentação de terra e minério, deve fechar o ano com faturamento de 14 bilhões de reais, aponta a previsão da Sobratema. “É importante lembrar que essa estimativa mede não apenas o aumento da demanda, mas também a majoração dos preços dos equipamentos no mercado nacional, que receberam ajustes devido à elevação de custos de componentes, insumos e matérias-primas, além da variação cambial”, explica o engenheiro e administrador Mario Miranda, que coordena o estudo. 

Em termos de unidades a serem negociadas até o final de 2021, o patamar estimado é de 24 mil a 30 mil máquinas, somente para a linha amarela. De acordo com o consultor Mario Miranda, esse aumento está alinhado à oferta e ao volume de negócios das construtoras, locadoras e dealers (concessionárias dos equipamentos). É o que faz com que ele acredite que o crescimento do setor tenha atingido um nível de viés sustentável. “E qual é o efeito positivo de um crescimento sustentável? É que as empresas podem se planejar melhor para investir, não apenas em máquinas, mas em treinamento de pessoas e serviços”, diz o coordenador do estudo

Mario Miranda elencou projeções positivas que podem ajudar o segmento de máquinas e equipamentos a manter o viés de crescimento em 2022, e também apontou pontos que têm potencial para gerar riscos. Os fatores que devem impulsionar são: marco do saneamento básico, cronograma de concessões, construção imobiliária e cenário global. Já os que provocam atenção são os seguintes: avanço da pandemia, crise hídrica, lentidão das reformas tributária e administrativa e elevação da taxa Selic.  

Comércio de caminhões-betoneiras pode crescer mais de 60% em 2021 

cenário positivo projetado no estudo não se limita à linha amarela. No caso de caminhões-betoneiras, a estimativa é que as vendas em 2021 superem as de 2020 em mais de 60%. No ano passado, foram negociadas 950 unidades. Até o final deste ano, a projeção é que sejam comercializados 1.555 equipamentos, ou seja, crescimento real de 63,68%. Os dados vão ao encontro do que também projetam a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).  

Segundo as 3 associações, os motivos que passaram a impulsionar a compra de caminhões-betoneiras são as inovações acopladas a essas máquinas. Entre elas, os balões mais leves que agora comportam  de concreto sem infringir a lei da balança. Outro fator é que havia empresas com frotas obsoletas em circulação. “Com a expansão da construção imobiliária, e a demanda maior por concreto dosado em central, houve a necessidade de algumas empresas renovarem ou ampliarem suas frotas”, citam as organizações que forneceram dados para o estudo da Sobratema

Assista à apresentação do estudo da Sobratema

Entrevistado
Reportagem com base no estudo “Tendência no Mercado da Construção”, organizado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema)