Publicado em 17 de dezembro de 2021 por Mecânica de Comunicação
O Departamento da Indústria da Construção e Mineração (Deconcic) realizou a última reunião plenária do ano, para apresentar as realizações e as perspectivas do setor. Newton José Soares Cavalieri, do setor da construção pesada, relatou que em 2021 o desempenho na área foi pequeno. “Poucas obras novas se iniciaram, foi um ano difícil para as empresas. O segundo semestre foi dedicado às licitações com obras que atingirão as grandes, médias e pequenas empresas”.
Ainda assim, a perspectiva para 2022 é boa devido a grande contratação de obras, incluindo conservação rodoviária e duplicação de vias, na ordem de R$ 300 a R$ 600 milhões de contrato. Cavalieri expressa sua opinião sobre os trâmites: “O ideal é que os investimentos do governo [federal] sejam tratados como políticas de Estado, sem depender de programas eleitorais, uma bandeira que a Fiesp deve levantar”.
Ele também disse que se deve também “aproveitar a nova lei de licitações que rege os contratados administrativos para tentar trazer o entendimento dos nossos governantes que a infraestrutura, seja ela econômica (transportes, energia e logística) ou urbana (saneamento, transporte urbano, iluminação pública), seja tratada como planejamento de longo prazo com revisões sistemáticas e a obrigatoriedade de manter os investimentos governamentais para cumprir esse programa de Estado”.
Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, entende que através da produção e venda de máquinas e equipamentos se consegue medir a força do setor e o tamanho do segmento. “As máquinas se depreciam, precisam ser renovadas, então as vendas precisam ser constantes de ano em ano, ou seja, é uma excelente referência e um indicador”, afirmou.
Daniel contou que a referência do setor foi 2011, com um total 83 mil equipamentos adquiridos, a partir de 2015 houve queda, e ainda se atravessa um processo de recuperação. “Desde 2018 que começamos a recuperar o mercado. Neste ano estamos atingindo 49 mil unidades, com expectativa de 12% em 2022, apoiando-nos na locomotiva do país (agricultura e mineração)”, contextualizou.
Fernando Valverde, do setor de mineração – que representa 4% do PIB, 60% do saldo positivo da balança comercial, 2 milhões de empregos e investimento de 40 bilhões de dólares -, está confiante: “estamos conseguindo reverter a queda histórica com 2020 num aumento de 13,1%, em relação ao ano anterior, atingindo 605 milhões de toneladas, maior volume da indústria extrativa mineral, abarcando 3 mil empresas produtoras de agregados e 85 mil empregos diretos e indiretos”.
Com informações do Observatório da Imprensa/FIESP
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