Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 26 de abril de 2022

InfraROI - JCB enxerga uma saída para zerar as emissões de equipamentos

JCB enxerga uma saída para zerar as emissões de equipamentos

Redação – 25.04.2022 – Energia elétrica e hidrogênio podem ser os novos combustíveis para que setor elimine as emissões 

A matriz energética tem sido ponto central nas discussões sobre as mudanças climáticas e impactos ambientais da atividade humana. Por isso, as indústrias de máquinas para construção têm investido em pesquisa e inovação para a fabricação de novos equipamentos com motores elétricos, híbridos e com o uso do hidrogênio, a fim de diminuir e até mesmo zerar as emissões de carbono.    

No caso da JCB, a busca por zerar as emissões está norteando os investimentos nessa área. Atualmente, a fabricante britânica conta com um portfólio elétrico para equipamentos de menor porte e nas soluções movidas à hidrogênio. 

Para a empresa, a matriz elétrica é uma saída quando se pensa em equipamentos leves e veículos automotores. Mas, quando se começa a aumentar o peso dos equipamentos, existem dois limitantes, autonomia e demanda de energia, que exigem novas soluções, no caso, o hidrogênio. 

Em termos de autonomia, o turno de trabalho para equipamentos menores ou mistos é reduzido, o que favorece o uso da matriz elétrica. Uma máquina pequena ou média pode sair do local, andar pelas rodovias ou ser transportada por um caminhão, chegar no canteiro, realizar o trabalho e retornar ao local em um tempo entre duas ou três horas, sem a necessidade de recarga. No entanto, a situações que limitam seu uso, como em uma operação de mineração, onde não haverá uma tomada local. 

Hidrogênio como uma possibilidade 

Sobre a demanda de energia, ele explicou que os equipamentos de maior porte, como uma escavadeira, têm um consumo de energia intenso, o que exige uma disponibilidade energética do mesmo tamanho. Isso significa que uma bateria, dificilmente, teria a capacidade de prover a energia nessa quantidade. 

Desse modo, a JCB tem construído protótipos para realização de testes buscando alcançar a emissão zero nos equipamentos pesados. Um desses protótipos é uma escavadeira de 22 toneladas, equipada com célula de combustível a hidrogênio e montada com a mesma arquitetura hidráulica dos equipamentos com motor à combustão. O hidrogênio ao ser convertido carrega todo o sistema para o funcionamento da máquina e pelo escapamento sai apenas vapor de água. 

No campo de teste, o protótipo apresentou entre seis horas e oito horas de autonomia, podendo ser aplicado em condições mais severas de trabalho. Se acabar o hidrogênio, pode haver um caminhão tanque para abastecimento, algo que a indústria de mineração já conta quando se fala em combustíveis tradicionais. 

O outro protótipo apresentado durante o evento online do Movimento BW, iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), foi o Zeplo, com mais tecnologia aplicada e também utilizando o hidrogênio como combustível. A diferença é que há a descentralização da parte motriz da máquina, ou seja, motores elétricos distribuídos alimentam o giro da máquina, a pressurização do sistema hidráulico, o deslocamento, entre outros. Como resultado, houve um aumento de eficiência energética.