Associação Brasileira de Tecnologia
para Construção e Mineração

Publicado em 04 de abril de 2022

Safra Agribusiness - Crescimento financeiro dependerá do desenvolvimento sustentável

Crescimento financeiro dependerá da sustentabilidade

(Agência) A mitigação dos impactos ambientais da atividade humana é urgente e as empresas de todos os portes e segmentos têm anunciado suas metas para diminuir as emissões de carbono na atmosfera, conservar os recursos naturais e proteger os diversos biomas. Nas linhas amarela e florestal, a John Deere comunicou recentemente que um dos objetivos para 2026 é entregar 20 equipamentos elétricos e híbridos. Hoje, a fabricante conta com dois modelos. Isso significa que, em um período de apenas quatro anos, a empresa vai desenvolver mais 18 modelos.

O executivo Thomas Spana, gerente de Vendas da Divisão de Construção da John Deere Brasil, contou durante o BW Talks Tecnologias Sustentáveis: potenciais e desafios na linha amarela que a empresa pretende ainda ampliar a adoção do sistema SmartGrade para até 50% dos equipamentos de movimentação de terra e aumentar a solução de construção de precisão para 85% dos equipamentos de pavimentação.

“Os objetivos econômicos também foram alinhados com a sustentabilidade, pois não haverá desenvolvimento financeiro sem o desenvolvimento sustentável”, enfatizou Spana. Até 2030, a John Deere estima um implemento de mercado da ordem de US$ 150 bilhões. O parque de máquinas vai crescer porque a infraestrutura precisará ser mantida e construída e o agronegócio precisará de produtividade.

“E, parte desse montante virá de soluções que ainda serão desenvolvidas. Se refletirmos sobre a infraestrutura de comunicação, percebemos que as operações via satélite não serão suficientes. Hoje, existem regiões que não possuem sinal algum”, reflete.

Em termos de tecnologia para alcançar um menor impacto ambiental, a John Deere tem usado as atuais para essa finalidade, como por exemplo, os sistemas de telemetria que permitem realizar o monitoramento das máquinas, captar os dados de operação e comunicá-los para as centrais de gerenciamento.

Um dos pontos interessantes observados foi que uma máquina com um tempo de uso maior, de cerca de três anos, apresenta 30% de tempo ocioso, enquanto um equipamento novo, com até dois meses de uso, esse porcentual cai para 8% a 10%. Essa informação, de acordo com Spana, é importante para buscar a redução de tempo da máquina ociosa, o que resulta em maior produtividade.

Durante o evento online, promovido no dia 31 último pelo Movimento BW, iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), ele comentou ainda que a tecnologia possibilidade deixar as máquinas fabricadas nos últimos anos sempre atualizadas.

“Ao longo do tempo, elas vão ficando melhores do que à época em que foram compradas, pois essas atualizações contribuem para uma operação mais eficiente, produtiva e com menor impacto ambiental”, avalia.

Para Spana, no futuro, há a previsão de que os equipamentos novos não saiam mais com motor a combustão a diesel tradicional, devido às mudanças no mercado para redução das emissões de carbono. No caso da automatização, ele lembrou que algumas partes da operação já possuem sistemas de automação, como o bloqueio automático em motoniveladoras e as retroescavadeiras com transmissão Powershift.

O BW Talks Tecnologias Sustentáveis: potenciais e desafios na linha amarela está disponível no site do Movimento BW.