Publicado em 27 de fevereiro de 2023 por Mecânica de Comunicação
O mercado de máquinas da linha amarela (movimentação de terra) tem ampliado suas vendas de forma constante e significativa desde 2017. Contudo, a formação de mão de obra para atuar na operação e na manutenção desses equipamentos não seguiu o ritmo desse crescimento. Com isso, o setor passa pelo desafio de diminuir o gargalo de profissionais para trabalhar nessas áreas.
Outros fatores que interferem nesta questão são a nova geração e a mudança cultural. “No Brasil, a demanda de mão de obra cresceu em todo o território nacional. E, hoje, as pessoas não querem passar um tempo longe de sua família e amigos por conta do trabalho. Quando precisamos mandar um funcionário para atuar em outra região, pois nossa atividade é móvel, ele prefere se desligar do projeto, por saber que existe demanda em locais próximo a sua residência”, explica Eurimilson Daniel, vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), que pondera que o setor de linha amarela é atrativo por ter benefícios como uma boa estrutura, boa remuneração, plano de carreira e segurança no aspecto legal.
Para diminuir esse gargalo, Daniel avalia que é necessário um trabalho em conjunto de todas as empresas e dos players que operam o equipamento. “Mas, também, é preciso o apoio do governo, que poderia oferecer incentivos para as companhias que formam mão de obra”, afirma. Ele lembra que as empresas já desenvolvem programas de treinamento tanto na operação como na manutenção. “Com 60 a 90 dias de treinamento, um profissional está em condições básicas adequadas para iniciar uma carreira na manutenção”, acrescenta. Em se tratando da operação, Daniel conta que é preciso uma estrutura de um centro de treinamento para que a qualidade da mão de obra atenda as exigências do mercado.
Além disso, o setor é inclusivo, com mulheres trabalhando na operação dos equipamentos. Para o vice-presidente da Sobratema, esse fato é muito importante e a contratação feminina deve ganhar mais força nos próximos anos. Ele analisa apenas que a estrutura deve ser adequada para receber a mão de obra feminina nos canteiros, como por exemplo, no alojamento, banheiros, refeitório e espaço de convívio social.
Para trazer mais informações sobre esse tema, o Webinar Sobratema Escassez e qualificação de mão de obra, que acontecerá no dia 23 de março, a partir das 15h, pelo Canal da Sobratema no YouTube, terá a participação de especialistas que trarão justamente os pontos abordados por Daniel.
A programação contará com duas apresentações a serem ministradas por Luiz Gustavo Rocha, CEO do Grupo Tracbel, e Paula Araújo, vice-presidente da New Holland Construction para a América do Sul, sobre seus programas de treinamento e qualificação de mão de obra especializada, seguida por um debate com os palestrantes e os convidados: Carlos Gabos, instrutor do Instituo OPUS de Capacitação Profissional; Fernanda Mesquita Cruz, Brand Communication da New Holland Construction; e Jordão Coelho Duarte, diretor da Skava-Minas. O engenheiro Afonso Mamede, presidente da Sobratema, fará a abertura dos trabalhos.
Segundo Daniel, o Webinar Sobratema contribui para elevar o grau de consciência sobre questões relacionadas à valorização do colaboradores, que incluem relacionamento social, remuneração, informação sobre plano de carreira, perspectivas da empresa, sentimento de felicidade com o trabalho. “É fundamental entender que o mercado está em transformação. Há uma maior sensibilidade na valorização dos recursos humanos e na qualificação profissional. O lema é selecionar, treinar, reter e valorizar”, finaliza.
O evento online é direcionado para todos os profissionais das áreas da construção, do rental, de equipamentos, fornecedores e prestadores de serviço, agentes públicos e representantes de entidades setoriais.
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