Publicado em 25 de novembro de 2022
O mercado de equipamentos para construção e mineração está implantando iniciativas para diminuir as emissões de carbono, reduzir o consumo de água e de combustíveis e gerar menos resíduos. A terceira e última parte do Webinar BW Perspectivas: Visão da Indústria da Construção, uma realização do Movimento BW, iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), apresentou no dia 24 de novembro o depoimento de quatro executivos de empresas do setor.
A XCMG tem trabalhado para trazer equipamentos elétricos para o Brasil, como caminhões fora de estrada e máquinas da linha amarela. “Os grandes clientes se preocupam com a questão ambiental e demandam não usar mais equipamentos à combustão”, avaliou Renato Torres, diretor Comercial da XCMG Brasil. De acordo com ele, antes, havia uma limitação face ao tamanho das baterias, mas atualmente há equipamentos grandes com bateria, que estão menores, com tempo de recarga menor e maior duração. A companhia também tem desenvolvido máquinas com hidrogênio. “É uma tendência no mercado e, possivelmente, em um período curto vamos apresentar esse produto para o mercado brasileiro”.
A sustentabilidade faz parte da estratégia da Metso Outotec. “Não existe futuro para nenhuma empresa se não for com sustentabilidade”, pontuou Everson Cremonese, diretor de Vendas na área de agregados da Metso Outotec, que comentou sobre algumas tendências como os equipamentos elétricos, a diminuição de resíduos e a geração de carbono. Em sua avaliação, além da máquina, é possível pensar também sobre a questão logística, com a regionalização da cadeia de suprimentos, o que resulta em menor consumo de combustível e redução de custos. A empresa ainda incentiva o processo de reutilizar resíduos na substituição de fertilizantes e a economia de água.
A Unidas (chamada anteriormente de Ouro Verde) desenvolve modelos e pacotes de serviços que cuidam do meio ambiente, como por exemplo, o foco em ter uma frota de equipamentos elétricos e/ou que utilizam combustíveis alternativos. Contudo, segundo Marluz Cariani, head Comercial de Equipamentos Pesados da Unidas, o custo de aquisição é uma barreira no setor. “Hoje, o equipamento 100% elétrico está com custo elevado. Para fazer sentido econômico, com resultados para os clientes, vai levar um tempo para esse cenário se torne realidade. Por isso, buscamos outras alternativas, incluindo parcerias com banco e instituições financeiras, para atender as demandas ambientais”, contou. Até o final deste ano, a empresa espera ter uma frota de 5% a 10% de equipamentos elétricos ou que recebam combustíveis alternativos.
Vanderlei Zermiani, coordenador Comercial da Sitech Brasil, recordou que a empresa trabalha com a otimização de ativos, automatizando máquinas, que resultam na redução do consumo de combustível e tornam a operação mais segura e eficiente. A seu ver, existe uma necessidade constante de desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias para diminuir a pegada ambiental das operações com equipamentos.
O BW Perspectivas: Visão da Indústria da Construção está disponível no site oficial do Movimento BW.
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