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Publicado em 27 de julho de 2017 por Mecânica de Comunicação

Brasil é destaque internacional em selos verdes

O Brasil é uma das potências do mundo em certificações ambientais. Em 2013, quando metade dos empreendimentos comerciais entregues em São Paulo e no Rio de Janeiro foram certificados. No mesmo ano, Curitiba foi a líder entre cidades brasileiras, onde os selos atingiram 80% das construções com fins comerciais. Atualmente, o país está em quarto lugar no ranking do selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), atrás de Emirados Árabes, China e o líder Estados Unidos. E, cerca de 160 projetos conta com a certificação AQUA HQE (Alta Qualidade Ambiental).
 
          Foto: Greenroads 
 

Além dos selos voltados para empreendimentos comerciais e residenciais, começa a ganhar espaço na construção internacional as certificações voltadas para obras de infraestrutura. O Greenroads é uma iniciativa norte-americana de 2010 que reconhece ruas e calçadas sustentáveis. Além dos Estados Unidos, Canadá e Austrália já utilizam o selo. Entre os requisitos, estão: calçadas com rampas e ilhas para pedestres entre uma via e outra, ciclovias, iluminação de LED, substituição do sistema de esgoto sanitário, caso não atenda as normas técnicas, pavimento permeável, entre outras exigências. 

Por meio desta inspiração, professores e alunos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apresentaram, em 2011, o Rodovias Verdes, específico de trechos rodoviários. Apesar de nenhum projeto ter sido ainda certificado, os idealizadores da iniciativa lembram que o Brasil avança em sustentabilidade de infraestruturas e citam as chamadas estradas ecológicas, como o sistema Anchieta-Imigrantes (SP) e a BR-290 (RS). As duas rodovias se destacam principalmente pela preservação do meio ambiente, que incluem trechos da mata atlântica. Há, ainda, uma dezena de outras estradas que empregam medidas como o uso de mistura asfalto/borracha e construção de passagens seguras para animais silvestres, chamados faunodutos. 

Para avançar nas práticas sustentáveis na infraestrutura brasileira, alguns especialistas apontam a parceria público-privada (PPP) como modelo de negócios ideal, já que prioriza obras com menores custos de construção e manutenção. É esse também o foco das diretrizes de diversos selos verdes, orientadas para medidas de economia de recursos, como instalação de luz de LED. Estima-se que a adoção de medidas sustentáveis gera a diminuição de até 35% dos custos operacionais e de manutenção.  

As novidades sobre projetos de infraestrutura sustentável e o debate sobre PPPs foram apresentados durante seminário no Sobratema Summit 2017, parte da Semana das Tecnologias Integradas para Construção, Meio Ambiente e Equipamentos.