Publicado em 08 de outubro de 2018 por Mecânica de Comunicação
O monitoramento na operação de retroescavadeiras na construção e na mineração contribui para aumentar a produtividade de horas trabalhadas. Outra questão importante é compreender a atividade do ponto de vista ergonômico, pois diminuem riscos e trazem benefícios que melhoram o desempenho do operador, além de proteger empresas contra custos provenientes de máquinas paradas.
Os dados destinados à avaliação de condições ergonômicas de operação de retroescavadeiras devem ser recolhidos no local de trabalho, respeitando as circunstâncias reais. Atualmente, os dados são processados por softwares, sendo a atividade em retroescavadeiras mais bem avaliada por meio de dois métodos. O RULA é focado em posturas corporais de operadores durante ciclos de trabalho - aspectos como posição do tronco, pescoço, punhos e braços. As diferentes posturas observadas, por sua vez, são pontuadas de acordo com riscos corridos pelo trabalhador.
O outro método é o da antropometria, baseado em medições: de dispositivos do posto de trabalho, dimensões do assento, por exemplo; reconhecimento de distâncias entre o operador e pontos do posto de trabalho, como a relação do topo da mesa até a linha imaginária dos olhos e, por fim, medidas do próprio operador, sendo a do antebraço até o polegar uma das mais importantes, pois diz respeito ao trabalho de manipulação do braço do equipamento em situações de pressão do sistema - em alguns modelos esse valor pode chegar a 23.000 kPa.
A comparação dos dados processados pelos diferentes softwares deve ter como principal objetivo ações preventivas, corrigindo posturas indesejadas que possam gerar prejuízos a trabalhadores e empresas. Nesse sentido, e sempre que inadequações forem identificadas, fica em evidência a importância de ações de treinamento de funcionários. Uma vez que as cabines de retroescavadeiras são abertas, outras medidas podem contribuir para a operabilidade regular; o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), como óculos e capacetes, deve atuar contra o excesso de luz do sol, o que dificulta a visão do operador, e contra impactos de objetos sobre o crânio. O assunto foi estudado em detalhes na monografia Condições Ergonômicas de Trabalho na Operação da Retroescavadeira na Execução de uma Obra na Via Rápida Criciúma/BR 101, de autoria de Fábio Marcelo Moro, orientação de Willians C. Longen e apresentada no setor de pós-graduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc).
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