Publicado em 20 de maio de 2019 por Mecânica de Comunicação
O setor da construção civil é conhecido pelos impactos gerados ao meio ambiente e, por isso mesmo, tem responsabilidade em desenvolver e introduzir o uso de tecnologias e materiais que proporcionam menor interferência no equilíbrio existente entre a sociedade e o ambiente natural. Para guiar empresas construtoras com esse objetivo, algumas ferramentas podem ser utilizadas, como as recomendações de diferentes sistemas de certificação sustentável, nacionais ou internacionais. Além disso, o próprio conceito de sustentabilidade, a partir do tripé que estabelece as esferas social, ambiental e econômico, oferece direções práticas a profissionais engajados em iniciativas sustentáveis.
Para aqueles empreendimentos que buscam algum tipo de certificação sustentável, uma pré-avaliação dos materiais construtivos é sempre recomendada. Dessa maneira, é possível saber com antecedência se as escolhas feitas durante o processo do projeto estão de acordo com as exigências de certificações ambientais. Já para empreendimentos que não buscam algum selo sustentável específico, a recomendação é combinar diretrizes de diferentes sistemas de avaliação ambiental, selecionando os pontos em comum entre eles. Em tal situação, é importante também levar em conta, além do conceito global de sustentabilidade, as particularidades locais de determinado empreendimento.
Ao combinar exigências de diferentes sistemas, surgem assuntos recorrentes, entre eles a reutilização; isso significa tanto o reuso de materiais provenientes de demolições quanto o planejamento da destinação correta dos resíduos gerados. Reciclagem é outro ponto importante e abrange a utilização de materiais reciclados e/ou com adição de resíduos. Também se destacam os produtos renováveis, ou seja, materiais que podem ser recolocados na natureza ou ser regenerados por meio de processos naturais; é esse o caso da madeira, que deve sempre ter certificação de procedência legal. Voltando ao tripé da sustentabilidade (social, ambiental e econômico), segundo alguns autores - Leonardo Boff entre eles -, a partir de 2001 há um quarto pilar; trata-se da esfera cultural. Nesse sentido, é incentivado o uso de materiais que valorizam a cultura local por serem tradicionais, como pedras e fibras; além disso, são valorizados os projetos que reduzam o impacto do empreendimento sobre a paisagem natural e que não interfiram na visualização de marcos culturais.
A dissertação de mestrado intitulada Instrumento para Pré-Avaliação da Seleção de Materiais em Projetos que Visam Certificação Ambiental investigou o assunto e traz mais detalhes. A autoria é de Marcela Cancela da Silva, com orientação de Maria Teresa Barbosa e foi aprovada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
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