Publicado em 20 de maio de 2019 por Mecânica de Comunicação
Em meio às mudanças climáticas provocadas em parte pelo efeito estufa e pelo aquecimento global, ganham cada vez mais destaque medidas de sustentabilidade, buscando o equilíbrio entre os recursos finitos do meio ambiente e o consumo desses pela humanidade. Uma das medidas mais importantes é a eficiência energética, focada na racionalização do uso de diferentes fontes de energia e possível de ser aplicada em praticamente qualquer setor de atividade; porém, como a indústria é o segmento com maior consumo de energia, estratégias de eficiência energética tornam-se necessárias para empresas interessadas em promover a sustentabilidade, podendo inclusive melhorar sua imagem no mercado.
Felizmente, o Brasil é destaque em termos de eficiência energética. Isso porque desde há algum tempo o país procura diversificar sua matriz de energia, buscando suprimentos de fontes renováveis, como as de origem eólica e solar. Entretanto, a simples substituição de combustíveis fósseis ou energias tradicionais, como a elétrica, não garante eficiência de energia. Embora os sistemas fundados em recursos renováveis apresentem vantagens do ponto de vista socioambiental, quando examinados sob contexto da avaliação do ciclo de vida, envolvendo todos os componentes materiais inclusos em seus subsistemas de conversão, transporte, distribuição e uso da energia, constatam-se as circunstâncias negativas de tais sistemas. Portanto, também devem ser avaliadas, por exemplo, mudanças no planejamento de produção, objetivando reduzir a eletricidade comprada nos horários de pico (com custos elevados) ou emprego de sistemas e equipamentos designados para o menor consumo de energia.
O uso de indicadores é outro ponto importante para a devida gestão de energia e promoção de ações de eficiência energética. A indústria deve evitar o uso de indicadores de eficiência com largos limites de tolerância, que não correspondem estritamente às especificidades das instalações. Devem ser adotados os indicadores de eficiência provenientes dos fornecedores das tecnologias em uso, que por sua vez devem ter sua eficiência medida em campo. Por fim, a governança de energia na indústria deve ter influência significativa e reconhecida na proteção do patrimônio e com a maximização do retorno dos investimentos em energia. Constitui-se, portanto, em um sistema essencial para os processos de tomada de decisão de investimento em energia e para a competitividade da indústria no mundo atual.
Outras considerações sobre o assunto estão publicadas na dissertação de mestrado Eficiência Energética Industrial: Modelo de Governança de Energia para a Indústria sob Requisitos de Sustentabilidade, de autoria de José Maria Godoi, com orientação de Silvio de Oliveira Junior e aprovada pela Universidade de São Paulo (USP).
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