Publicado em 16 de janeiro de 2020 por Mecânica de Comunicação
A preocupação e as exigências da sociedade com as questões ambientais vêm aumentando ao longo dos últimos anos. Desse modo, as empresas estão repensando seu papel e a maneira como desempenham suas atividades. No setor elétrico, não é diferente, uma vez que devido sua importância para as pessoas, as informações referentes a esse assunto precisam ser o mais transparente possível, visando sempre à continuidade do serviço e o bem-estar da população.
Esse segmento abriga uma grande quantidade de empresas, cujos processos atuam de forma direta sobre o meio ambiente. Entre os impactos ambientais intrínsecos à atividade empresarial da área estão: construção de redes de transmissão, distribuição e usinas geradoras de energia em locais cobertos por mata virgem e as externalidades sociais negativas causadas pelo remanejamento de comunidades para a construção de barragens. Nesse sentido, a hidrelétrica é a que mais impacta ambientalmente e socialmente, por ser a principal fonte de geração de energia do país.
Para mostrar o que tem sido feito nessa área, as empresas procuram divulgar relatórios de sustentabilidade, pois esse tipo de informação é de interesse público. Além disso, eles impulsionam a maior transparência nos impactos críticos e relevantes de natureza ambiental, social e econômico. Por fim, eles podem ajudar a tornar as empresas mais eficientes e eficazes em seu papel de criador de valores sustentáveis.
Um desses relatórios foi estabelecido pelo Global Reporting Iniciative (GRI), cujo esforço tem como objetivo a concepção de diretrizes que abordam os três elementos da sustentabilidade: econômico, social e ambiental. Atualmente, mais de 70 países seguem as diretrizes de desenvolvimento de relatórios de sustentabilidade do GRI.
No Brasil, a maior das distribuidoras de energia das regiões Norte e Nordeste divulgam suas informações aderindo às práticas do GRI. Só para exemplificar, as empresas COELCE e CEMAR, do Nordeste, e CELPA e Energisa Tocantins, da Norte, apresentaram os maiores percentuais de evidenciação de indicadores ambientais GRI e a maior diversidade de aspectos temáticos, garantindo que a quantidade de indicadores trata de informações ambientais de diversos temas.
Além disso, a maioria dessas empresas tem aprimorado e aumentado o nível de informação ao longo dos anos, gerando melhorias das questões ligadas à sustentabilidade.
As considerações acima foram extraídas da dissertação de mestrado Sustentabilidade Ambiental: Um Estudo no Setor de Energia Elétrica da Região Norte e Nordeste do Brasil, defendida por Allas Jony da Silva Oliveira, no Programa de Pós-Graduação em Energia e Ambiente da Universidade Federal do Maranhão, sob orientação da professora Darliane Ribeiro Cunha.
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