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Publicado em 06 de maio de 2021 por Mecânica de Comunicação

Avalição das práticas ambientais em incubadoras de universidades

As incubadoras abrigam empresas ou empreendimentos por um período chamado de incubação, imprescindível para o negócio obter maturidade para inclusão no mercado. Após esse período, ocorre o processo de graduação, ou seja, o desligamento gradual do negócio da incubadora.

Entre os dois tipos de incubadoras (tradicional e de base tecnológica), a principal diferença está relacionada ao público atendido, ou seja, o foco da incubadora social é a geração de trabalho e renda para pessoas excluídas do mercado, a partir da formação de associações e cooperativas; e, as incubadoras de base tecnológica buscam interagir na implementação de empresas iniciantes, como também atuam de forma contínua, e transbordam para a sociedade o conhecimento que é gerado nos âmbitos acadêmico, governamental e empresarial.

Assim, as incubadoras nascem como um espaço de aperfeiçoamento e apoio aos empreendimentos iniciantes, também podem fornecer subsídios e serviços para auxiliar o desenvolvimento das atividades produtivas e a preparação do negócio para o mercado. Portanto, elas trabalham com o desenvolvimento de ações e políticas transformadoras de inovação e empreendedorismo entre universidade e comunidade local, por meio de ensino, pesquisa e extensão.

Outro ponto fundamental para as incubadoras também tem sido as práticas ambientais. A sociedade tem cobrado das empresas uma prestação de contas, para identificar aquelas que geram prejuízos ou que não acrescentam nenhum valor à qualidade de vida da comunidade onde estão inseridas. Nesse sentido, já não basta ter apenas produtos ou serviços de qualidade. Atualmente, uma das chaves para o sucesso das empresas passa pelas boas práticas ambientais e sociais.

Desse modo, a Incubadora de Empreendimentos Socioeconômicos, Solidários e Sustentáveis do Vale do Arinos (IESA), da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) e a Tecnovates/Inovates, pertencente à Universidade do Vale do Taquari (Univates) fomentam práticas ambientais que buscam aprimorar a qualidade de vida da população, com a geração de trabalho e renda. A IESA atua para a economia solidária, com ênfase no cooperativismo e no trabalho coletivo. Para tanto, desenvolveu atividades de gestão dos empreendimentos, aplicação na área de recursos humanos e controle financeiro.

A Inovates se reconheceu como incubadora de base tecnológica, preocupada com a ampliação de negócios inovadores, no que diz respeito ao impacto social, o que resultou positivo, no quesito desenvolvimento sustentável e social, em específico o relacionado a alimentos, ambiente, energias renováveis e área da saúde.

As incubadoras buscam sistematizar, na rotina de trabalho, as práticas ambientais, tanto da Inovates, por meio do atendimento das normas e diretrizes internas relacionadas à Univates, quanto na IESA, por meio de busca por metodologias que possam auxiliar no dia a dia, respeitando as características de cada ambiente, nas aldeias indígenas e piscicultores.

As informações acima foram extraídas da dissertação de mestrado Incubadoras e Empreendimentos Incubados: Avaliação de Práticas Ambientais, defendida por Sandra Mara dos Santos, no Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento, da Universidade do Vale do Taquari - Univates, sob orientação da professora Simone Stülp.