Publicado em 29 de julho de 2021 por Mecânica de Comunicação
O sucesso da determinação do potencial de energia eólica depende da modelagem precisa da velocidade do vento e as propriedades estatísticas da velocidade do vento são importantes para prever a energia de saída de um sistema de conversão de vento. As características do vento e potencial de energia de vários locais foram estudadas em muitos países do mundo, a fim de descrever completamente os procedimentos matemáticos úteis para realizar análises em locais com potencial para instalação de parques eólicos.
A distribuição de Weibull é uma das funções de distribuição de probabilidade que pode ser utilizada para diferentes propósitos, como modelagem, análise de confiabilidade, análise de dados em tempo de vida e muitas áreas de ciência aplicada, como mecânica, bio-sistema, nuclear e engenharia de energia.
Além disso, Métodos de Auxílio Multicritério à Decisão (AMD) são frequentemente utilizados na resolução de problemas relacionados à seleção de locais para instalação de usinas eólicas, que geralmente incluem critérios complexos. Um deles é o Método de Análise Hierárquica (AHP) fornece não apenas a classificação dos locais sob a meta geral, mas também fornece os rankings sob os sub-objetivos e os atributos de avaliação, a fim de garantir a razoabilidade da tomada de decisões, além de ser técnica mais utilizada em estudos de energia sustentável.
A estrutura hierárquica do método AHP facilita a compreensão de um problema e permite observar como as mudanças em prioridades nos níveis mais altos afetam a prioridade dos níveis mais baixos. Uma escala hierárquica de critérios, objetivos e alternativas é um bom modelo da realidade, podendo trazer vantagens. A representação hierárquica de um sistema pode ser usada para obtenção de uma visão geral de um sistema e também para descrever como as mudanças em prioridades nos níveis mais altos afetam a prioridade dos níveis mais baixos.
O estado do Rio de Janeiro possui áreas de destaque em termos de potencial eólico, com um total de três zonas ótimas para empreendimentos eólio-elétricos, sendo elas a região Norte, a região dos Lagos e a região Serrana. Segundo o Atlas Eólico do Rio de Janeiro, os limiares mínimos de atratividade para investimentos em geração eólica dependem dos contextos econômicos e institucionais de cada país, variando, em termos de velocidades médias anuais, entre 5,5 m/s e 7,0 m/s. Tecnicamente, médias anuais a partir de 6,0 m/s já constituem condições favoráveis para a operação de usinas eólicas.
A utilização do método AHP apontou a Região Norte como a mais adequada para a instalação de um parque eólico no Rio de Janeiro, considerando-se a análise dos aspectos econômicos, técnicos e logísticos relevantes para a viabilidade do projeto, para cinco dos diversos indicadores existentes, sendo Potencial Gerador, Custo do Terreno, Custo de interligação à Rede, Espaços para Implementação e Logística do terreno-relevo.
Considerando-se todos os critérios, o local possui potencial para instalação em três alturas distintas, 50, 75 e 100 metros, dos aerogeradores, e proporcionaria uma produção total maior quando comparada as outras regiões em análise, próxima a 51 19.000 GWh, a uma altura de 100 metros, capaz de atender uma maior área de abastecimento.
As informações acima foram extraídas da dissertação de mestrado Energia Eólica no Estado do Rio de Janeiro sob uma Abordagem Multicriterial Estatística, defendida por Elias Rocha Gonçalves Júnior, no Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, da Universidade Candido Mendes – Campos/RJ, sob orientação do professor Cláudio Luiz Melo de Souza e coorientação do professor Milton Erthal Junior.
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