Publicado em 17 de março de 2022 por Mecânica de Comunicação
A história do mundo mostra que a construção civil sempre existiu para atender as necessidades básicas e imediatas do homem sem preocupação com a técnica aprimorada em um primeiro momento. A constituição das cidades exigiu qualificação e técnicas mais apropriadas e vantajosas para se construir edifícios cada vez mais desenvolvidos para seu tempo. Surgem as edificações concebidas com responsabilidade social e super tecnologias. Atualmente, a sustentabilidade tem sido ponto central.
As construtoras, sejam de grande porte ou pequeno porte, podem trabalhar de uma maneira sustentável sem tanto investimento, ou o chamado por eles, custo, de forma a realizar ações para captação e reaproveitamento de água, captação e abastecimento de energia solar, utilização de matérias descartados em obras, utilização de materiais feitos a partir de elementos reaproveitáveis ou reciclados, dentre outros.
Essas ações estão ligadas a um olhar mais promissor e retornável, mostrando que o investimento que seria feito no processo de construção, desde o projeto até a finalização da obra, traria benefícios fundamentais para a busca do equilíbrio na utilização de recursos do meio ambiente. Para que esta ideia se torne possível, a busca de conhecimento na área de construção e novos materiais faz-se necessária, como uma forma de unir os dois aspectos aproveitando o máximo da ligação entre eles.
Os materiais, por serem parte significativa de uma edificação, podem contribuir para a sustentabilidade da obra como um todo através de uma escolha correta e consciente. Para isso, busca-se cada vez a utilização de materiais que possam ser caracterizados como reciclados ou reaproveitados. Pode-se dizer que material sustentável é aquele que se encaixa dentro dos três critérios fundamentais, ou seja, o critério social, econômico e ambiental e que apresente o selo ambiental. Embora se pareçam em conceito, materiais sustentáveis não são necessariamente iguais a materiais ecológicos, enquanto que o primeiro analisa todo o ciclo econômico e socioambiental, o segundo a preocupação é somente com o impacto ao meio ambiente.
É importante ressaltar que não existe material de construção totalmente sustentável, ou seja, que leva em consideração o aspecto ambiental, social e econômico. O que existe são materiais que possuem um menor impacto ambiental e que, em alguns casos, apresentam algumas questões sociais na sua fabricação. Porém, só isso não garante que o material seja sustentável. A sustentabilidade está diretamente relacionada à situação em que se insere, ou seja: função que deve cumprir, local que será aplicado, uso que será dado a esse material, modo de produção (artesanal, industrial), região em que se localiza a obra, zona bioclimática, hábitos e costumes do usuário, etc.
Quando as construtoras projetam empreendimentos que utilizam materiais de construção sustentáveis, a economia e os benefícios não são mensurados apenas durante a obra, mas, principalmente, no uso do imóvel. Se o ambiente tiver sido planejado para ser bem ventilado o morador irá reduzir o uso de ar condicionado ou ventilador, poupando também recursos naturais, por exemplo.
Isso significa que a sustentabilidade na construção civil está diretamente ligada ao bem-estar e ao conforto dos proprietários. Mais do que isso, uma obra que utiliza materiais de construção sustentáveis pensa nas pessoas e na natureza, ou seja, na comunidade em equilíbrio. Com a sustentabilidade na construção civil, empresa e sociedade ganham juntas.
As informações foram extraídas da dissertação de mestrado Avaliação do envolvimento das construtoras no processo sustentável da construção civil em Aracaju-SE, defendida por Thiago Pérez Machado, na Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal de Sergipe, sob orientação do professor Gregório Guirrada Faccioli.
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