Publicado em 02 de setembro de 2016 por Mecânica de Comunicação
Novas tecnologias podem auxiliar a diminuir o déficit do saneamento no país
O déficit no saneamento básico no Brasil pode ser mensurado pelos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2014), do Ministério das Cidades, que estima que cerca de 50% da população não possui coleta de esgotos e que aproximadamente 35 milhões de brasileiros não têm acesso aos serviços de água tratada.
Fotos: Grandes Construções
Para alcançar a universalização do fornecimento de água e de esgoto no país, segundo cálculos do Instituto Trata Brasil, seriam necessários investimentos da ordem de R$ 304 bilhões. Já para universalizar o sistema de água, esgoto, lixo e drenagem, esse valor seria ainda maior, de aproximadamente, R$ 508 bilhões.
No entanto, além da questão dos investimentos, um fator que pode contribuir para melhorar o nível do saneamento básico no país é a adoção de novas tecnologias para tratamento da água e do esgoto, para gerenciamento das redes e para diminuição do percentual de desperdício no sistema de distribuição de água potável que está em 36,7%, de acordo com o Trata Brasil.
Um desses sistemas foi lançado em junho deste ano por pesquisadores da Universidade de Verona, na Itália. O Smart Plant é um projeto que traz inovações no sistema de gerenciamento de águas de redes de esgoto municipais europeias. Seu objetivo é adaptar e transformar as estações de tratamento de grandes cidades em biorrefinarias urbanas, baseado em quatro pilares centrais: a economia circular, o monitoramento robótico, a gestão de resíduos urbanos e a integração dos sistemas de tratamento de águas.
Para desenvolver o Smart Plant, a Universidade de Verona criou um grande consórcio que envolve 25 parceiros, 18 empresas de pequeno, médio e grande portes e sete universidades.
O tema saneamento é capa da edição de agosto da Revista Grandes Construções, uma das principais publicações na área da construção, infraestrutura e de obras.