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Publicado em 06 de julho de 2017 por Mecânica de Comunicação

Mercado americano apresenta tecnologias na área do concreto

O cuidado com o meio ambiente e o uso de novos recursos trazidos pela internet influenciam várias áreas da vida contemporânea. Na construção e produção de concreto não é diferente. Autoridades no assunto concordam em afirmar que a evolução no modo como se constrói em concreto será definido pela racionalização da água na produção do material e a aplicação de ferramentas virtuais no controle de qualidade e logística da construção.

Pautadas pela sustentabilidade, algumas fábricas norte-americanas inventaram um tipo de concreto que leva CO2 em sua formulação, técnica que se baseia em um processo cíclico: o gás carbônico gerado pelas fábricas e que sairia pelas chaminés para alcançar a atmosfera é coletado e reintroduzido na mistura do concreto, o que resulta na economia de cerca de 5% de cimento. Outra questão de sustentabilidade é o recurso da cura interna. Com essa técnica, são introduzidos no concreto, materiais semelhantes a esponjas, que soltam água aos poucos, priorizando um uso mais eficiente desse recurso.

Já as ferramentas da internet podem oferecer maior precisão. A novidade são medidores eletrônicos de umidade e temperatura instalados na mistura fresca. Os aparelhos, dotados de tecnologia wireless, enviam os dados para tablets e smartphones e garantem alto acerto na determinação do ponto do concreto. O mesmo princípio de controle a distância já está sendo feito nos EUA, por meio de GPS, para planejar a melhor rota no transporte de concreto via caminhões da fábrica até o canteiro de obras, o que gera economia de tempo e dinheiro.

Mesmo com várias tecnologias à disposição, construtoras norte-americanas ainda precisam atentar para pontos mais básicos do processo de trabalho com concreto. Um estudo publicado pelo World of Concrete, em 2015, revelou que erros em testes de corpo de prova, agregados de baixa qualidade e mão de obra não qualificada são responsáveis por encurtar a vida útil de estruturas em concreto, resultando em prejuízos para as empresas. De acordo com o mesmo estudo, que coletou dados de 2013 e 2014, os gastos com reparo chegaram à casa de US$ 20 bilhões ao ano nos Estados Unidos.    

Essas novidades e o debate sobre tecnologias na área do concreto nos Estados Unidos foram apresentadas durante seminário no Sobratema Summit 2017, parte da Semana das Tecnologias Integradas para Construção, Meio Ambiente e Equipamentos.