Publicado em 20 de julho de 2017 por Mecânica de Comunicação
Impermeabilização correta evita gastos com reparos
A impermeabilização é uma das técnicas mais antigas da construção. Um dos primeiros registros é do século V a.C., quando Heródoto narrou o uso asfalto derivado do piche como material antiumidade nos jardins da Babilônia. Nos dias de hoje, além de, logicamente, materiais mais avançados, a impermeabilização é pensada também em BIM (Building Modelling Information), já que a plataforma permite a representação simultânea de diferentes projetos integrantes de uma mesma obra.
Isso é fundamental, pois os diferentes materiais impermeabilizantes, como membranas acrílicas e mantas asfálticas, muitas vezes interagem com elementos de estrutura e de sistemas hidráulicos, como no caso de lajes aparentes, onde o projeto de impermeabilização deve considerar a dimensão da estrutura e a interação com caimentos de ralo.
Foto: Diogo Moreira/Governo do Estado de São Paulo
No entanto, não adianta utilizar recursos avançados se o projeto de impermeabilização for mal executado. Por isso, é preciso levar em conta os testes de estanqueidade presentes no item 4.5 da ABNT NBR 9575:2010 Impermeabilização – Seleção e Projeto. Os testes previstos na norma recomendam a interação da área impermeabilizada com água por um período contínuo de, no mínimo, 72 horas. Se houver vazamento, o reparo deve ser imediato.
A impermeabilização contribui para redução de custos referentes à manutenção de uma obra ao combater patologias provocadas pela umidade. Estima-se que, em média, a etapa de impermeabilização consuma 1% do orçamento de uma obra, enquanto os gastos para reverter os efeitos danosos provocados por infiltrações em elementos e interações estruturais cheguem a 10%.
Algumas áreas propícias a infiltrações são usadas majoritariamente por funcionários de limpeza ou apenas como lugar de passagem pelos moradores de um prédio, por exemplo. É o caso de garagens de subsolo, onde muitas vezes é também o local do armazenamento do lixo.
A norma diz que o básico é manter os ralos limpos e desobstruídos, não instalar nenhum equipamento ou elemento que possa perfurar a impermeabilização (no caso de mantas), não utilizar substâncias agressivas na lavagem das áreas, como ácidos (no caso de membranas) e, quando a impermeabilização contemplar áreas de jardim, não alterar o arranjo de forma que a terra ultrapasse a altura do rodapé original.
Os benefícios dos diferentes sistemas de impermeabilização foram apresentados durante um seminário no Sobratema Summit 2017, um dos eventos participantes da Semana das Tecnologias Integradas para Construção, Meio Ambiente e Equipamentos.