Publicado em 07 de fevereiro de 2013 por Mecânica de Comunicação
Compasso de espera, mas com certo otimismo
O mercado de construção começou o ano com uma mistura de esperança e preocupação. Existem sinais animadores – os grandes projetos continuam, outros estão prometidos, e há uma potencial aceleração das obras rodoviárias financiadas pelo DNIT –, mas o que predomina é um sentimento de expectativa cautelosa.
Criou-se, na segunda metade do ano passado, uma robusta onda de esperança a respeito de 2013, quando o governo anunciou várias medidas de estímulo. A maior era um pacote de concessões em ferrovias e rodovias no valor total de R$ 133 bilhões, com outros R$ 54 bilhões nos portos. Nada menos de 21 das 29 empresas de construção e locadoras de equipamentos ouvidas pelo Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, em outubro, entenderam que tais medidas teriam “grande impacto” para o setor neste ano.
Crédito: DNIT e Infraero
A expectativa continua positiva, mas temperada, cada vez mais, com a realidade, quando se trata da velocidade de início dos projetos. O recente adiamento dos leilões de rodovias federais em Minas Gerais, que estavam previstos para janeiro e foram suspensos para uma nova elaboração da estruturação financeira é um exemplo que mostra o porquê de se ter cautela.
No entanto, a região Nordeste apresenta um quadro diferenciado, alguns estados, como o Ceará, por exemplo, estão em plena movimentação principalmente devido à continuidade de grandes obras, enquanto outros estados, como a Bahia, vivem mais na expectativa e esperança. O anúncio de R$ 700 milhões para melhorias aeroportuárias no capital e interior deste estado é um exemplo de obras que estão para serem realizadas. E acontecendo, vão movimentar o setor de construção e, consequentemente, a demanda para equipamentos.
Já no Sul do País, um dos potenciais está na área das rodovias, graças à volta do DNIT. Além disso, o governo do Rio Grande do Sul pretende reestatizar 1,8 mil km de rodovias, após 15 anos nas mãos de concessionárias privadas. Um executivo de uma grande construtora que tem atuação nacional finaliza, dizendo: “não há muita mudança neste início de ano, mas vejo coisas acontecendo e muito potencial. Confio que 2013 será bem melhor que 2012”.